Humor sem papas na língua para enfrentar a crise

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Com mais de 50 anos de história, o espetáculo humorístico do Boa Esperança renasce todos os anos nos palcos da coletividade, bem no centro da cidade de Portimão, com mais força e sucesso. Este ano, o FMI, a corrupção e a crise que assolam o país servem de mote para as rábulas interpretadas por Carlos Pacheco e companhia. A estreia está marcada para esta sexta-feira

O sotaque algarvio, as piadas sobre os nossos governantes e a vontade de recuperar um espetáculo que está em vias de extinção compõem a fórmula de sucesso da revista à portuguesa do Boa Esperança Atlético Clube Portimonense.

Este ano, a peça chama-se “FMI e os 40 e tal mamões” e a estreia tem lugar esta sexta-feira (26), a partir das 21h00, na sede da coletividade, em Portimão.

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Como já vem sendo habitual neste grupo – que se dedica a este género de teatro de cariz humorístico há mais de cinco décadas -, os responsáveis assumem que a peça apresenta um “humor sem papas na língua”, com a intenção de proporcionar ao público momentos de “boa disposição para enfrentar a crise”. E a julgar pelo título tão atual da nova peça, atrevemo-nos a dizer que se arrisca a atingir níveis de popularidade semelhantes aos trabalhos dos últimos anos.

“A atualidade política e social do país e do mundo, bem como o quotidiano de Portimão, servem de mote para mais uma edição deste popular espetáculo para maiores de 12 anos, que segue as diretrizes impostas pela troika para cortar nas despesas, mantendo no entanto a qualidade de sempre e uma boa disposição contagiante”, adianta a organização.

No auge da sua popularidade, e apesar das restrições orçamentais, o grupo de teatro do Boa Esperança promete apresentar em 2013 mais uma revista popular de “ir às lágrimas”.

Atualmente, o espetáculo humorístico da companhia liderada por Carlos Pacheco é mesmo considerado uma das principais revistas à portuguesa que acontecem por todo o país, tanto em termos de qualidade quer em número de espectadores, que são aos milhares.

Para além da forma hilariante como os atores gracejam com os temas da atualidade regional e algumas personagens da nossa terra, provocando gargalhadas constantes entre o público, o espetáculo também ganha ritmo, vida e muita cor com vários números musicais e de dança. Uma palavra ainda para toda a encenação, maquilhagem e guarda-roupa, que colocam esta revista popular ao nível do que de melhor se faz em Portugal.

Homenagem a Simone de Oliveira

A revista “FMI e os 40 e tal mamões” inclui este ano uma homenagem à cantora portuguesa Simone de Oliveira, interpretada pela fadista algarvia Adriana Marques, terminando o espetáculo com um “Tributo Maia”, com o objetivo de “sensibilizar para a preservação de uma das mais ricas e complexas civilizações da humanidade, por muitos esquecida”.

Flávio Vicente, Telma Brazona, Bruno Nahana, Catarina Bernardino, Manuela, Ricardo, Vanessa, Alexandra, Mariana e Kiko dão corpo a mais este projeto, que conta ainda com a versatilidade de Carlos Pacheco, diretor do grupo que encena e também interpreta diversas personagens. Pacheco assina ainda os textos originais da tradicional revista à portuguesa do Boa Esperança.

Apesar de reconhecerem que a revista popular portuguesa “está em vias de extinção”, a companhia acredita que se trata de um género de teatro que pode cativar cada vez mais público, principalmente em tempos de crise.

Resta dizer que as atuações, para maiores de 12 anos, têm lugar às quintas e sextas-feiras a partir das 21h00, e aos domingos às 15h30 e às 21h00. Os bilhetes podem ser reservados – entre as 16h00 e as 21h00 – através do telefone 282422976 ou 967188290.

“FMI e os 40 e tal mamões” conta com o patrocínio oficial da Câmara de Portimão e o apoio institucional da junta de freguesia de Portimão.

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