O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou, ontem à noite, a prisão do suspeito de ter lançado o foguete que causou a morte a um operador de câmara durante um protesto. O acidente aconteceu na passada quinta-feira, durante a enésima manifestação na cidade carioca contra o aumento do preço dos transportes.
Segundo a “Folha de São Paulo”, Caio Silva de Souza, o detido, foi identificado a partir de fotos e vídeos feitos por um manifestante. Está agora acusado de homicídio e incorre numa pena de até 35 anos de prisão.
Os dados do inquérito apontam para homicídio intencional, mas as forças policiais seriam o alvo do foguete disparado.
Também ontem, após ser anunciada a morte cerebral de Santiago Andrade, que trabalhava para a estação de televisão Rede Bandeirantes, dezenas de colegas juntaram-se junto à Central do Rio de Janeiro para lhe prestar homenagem.
“Todos sabemos que a violência gera mais violência e não ajuda. Estamos revoltados e não temos vontade de voltar a fotografar”, afirmou o repórter fotográfico Carlos dos Santos, citado pela AP.
Ao início da noite de ontem, vários manifestantes voltaram também a concentrar-se no local para novo protesto, que começou por decorrer de forma ordeira. A ‘manif’ acabaria por se descontrolar, acabando em novos confrontos com a polícia, que voltou a usar gás lacrimogéneo.
RE