Imprensa espanhola garante que a Telefónica não desiste da Vivo

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Telefónica lutará por controlar a Vivo depois de romper com a PT”, lê-se na primeira página do El País.

No texto, o jornal espanhol assegura que a Telefónica irá “endurecer” a “postura” para controlar a maior empresa de telemóveis no Brasil.

“A Telefónica disse ‘não’ pela primeira vez aos seus antigos sócios da Portugal Telecom (PT)”, lê-se no texto, que lembra que a operadora espanhola retirou a proposta de compra de 30 por cento da Vivo por 7,15 mil milhões de euros, depois de a empresa portuguesa ter pedido na sexta-feira, quando terminava o prazo de validade da oferta, um prolongamento das negociações até 28 de Julho.

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Fontes citadas pelo jornal El País garantem que a Telefónica exigiu, para alargar o prazo, que a PT assinasse algum tipo de compromisso de aceitação da oferta.

Em cima da mesa terá estado ainda um aumento do valor da oferta para os 7,5 mil milhões de euros ou um acordo industrial, assuntos que tinham sido discutidos nos últimos dias, ainda segundo o El País.

Fontes próximas da PT citadas pelo jornal referiram que não poderiam assinar esse compromisso porque não estavam mandatados para tal, mas apenas para negociar um alargamento do prazo de 12 dias, assim como não podiam apresentar ao Governo português “factos consumados”.

Sem oferta, prolongamento do prazo e acordo, a Telefónica comunicou no sábado ao regulador do mercado que a proposta tinha sido retirada.

Mas o jornal espanhol garante que a Telefónica mantém o interesse na Vivo, podendo agora optar pela via judicial para conseguir a dissolução da Brasilcel. Esta empresa, dona de 60 por cento da Vivo, é detida em partes iguais pela PT e pela Telefónica.

O El País lembra ainda que a maioria dos acionistas da PT estava a favor da venda da Vivo, mas o Governo português travou o negócio com o uso da ‘golden share’ (direitos especiais).

O jornal cita ainda “fontes portuguesas” que defendem que a Telefónica deveria ter procurado um acordo mais amigável e não ter optado por uma espécie de política de factos consumados.

No El Mundo, este tema tem também destaque de primeira página e o jornal cita acionistas da PT que consideram uma “desgraça” a ruptura entre as duas empresas.

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