Os incêndios do último verão semearam um rasto de destruição por toda a serra de Monchique, mas deixaram a nu um vasto património arqueológico. Entre redescobertas e achados inéditos, já foram localizadas mais de 70 sepulturas e outros monumentos que estavam camuflados pela imensa vegetação que cresceu descontroladamente, durante as últimas décadas, e que alimentou o fogo durante sete dias
Nove meses depois do grande incêndio que pintou de negro e cinzento a serra de Monchique, é possível vislumbrar dezenas de monumentos que estavam escondidos pela vegetação. Aliás, esta foi a única vantagem que a tragédia ocorrida entre os dias 3 e 10 de agosto de 2018 trouxe ao concelho, permitindo localizar monumentos que se tinham perdido no tempo e, sobretudo, no meio das matas.
Perante esta situação inesperada, a Câmara de Monchique está apostada, depois da passagem do fogo, em percorrer o território à procura de mais vestígios e artefactos. Para isso, nos últimos meses, colocou no terreno um técnico superior de arqueologia, que tem vindo a desenvolver pesquisas que visam a inventariação do património histórico-arqueológico referenciado na bibliografia, em especial os bens culturais situados nas áreas queimadas.
Através deste trabalho de campo, já foi possível localizar e identificar a maioria dos monumentos funerários que foram escavados, entre 1937 e 1949…
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