O incêndio que começou na serra de Monchique continua a alastrar-se aos concelhos vizinhos, seis dias depois, e já é considerado o mais grave dos últimos quinze anos na região.
O ponto da situação disponível na página da Proteção Civil indica que, às 9h40, estão no terreno seis meios aéreos e 1.280 operacionais, apoiados por 380 viaturas.
O fogo que deflagrou na passada sexta-feira, em Monchique, já se alastrou aos concelhos de Silves e de Portimão. O fogo manteve-se ativo, durante a madrugada, no concelho de Monchique e no vizinho município de Silves., com várias localidades evacuadas.
O incêndio continua com duas frentes ativas: uma na Fóia, onde ocorreu um reacendimento que está a preocupar as autoridades, e outra em Silves, que está a dar muito trabalho aos bombeiros ao início desta manhã.
O vento forte e errático continua a complicar os trabalhos dos bombeiros.
Até ao momento, há registo de pelo menos 30 feridos, um dos quais com gravidade.
O grande incêndio que lavra há seis dias na serra de Monchique já consumiu mais de 19 mil hectares, o equivalente a 19 mil campos de futebol. Pior, só em 2003, quando a serra ardeu durante dez dias e o fogo consumiu 41 mil hectares.
A GNR já apelou à população para que obedeça às orientações das autoridades em caso de evacuação devido aos incêndios.
O ponto da situação feito pelas autoridades revela que continuam a registar-se em todo o perímetro “fortes reativações” que, “associadas à intensidade do vento, tomam de imediato grandes proporções”.
Desde a tarde de terça-feira, a coordenação das operações passou a ser feita a nível nacional.
O incêndio que assola a região já é visível do espaço, tendo sido fotografado segunda-feira pelo astronauta alemão na Agência Espacial Europeia (ESA), Alexander Gerst, que partilhou três imagens nas redes sociais.
Na fotografia mais aproximada é visível uma coluna de fumo por cima da região onde as chamas lavram há dias em Monchique, e que se estendia até ao mar.
JA
