A Infanta Cristina, filha mais nova do rei de Espanha, foi hoje formalmente acusada dos crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal na gestão de fundos públicos pelo marido Iñaki Urdangarin.
Num auto de 227 páginas, o magistrado explica que os crimes foram cometidos pela filha do rei D. Juan Carlos, enquanto co-proprietária da empresa Aizoon, para o qual foi desviado mais de um milhão de euros de fundos públicos através do Instituto Nóos, que foi dirigido pelo marido Iñaki Urdangarin, refere o “El Mundo”.
A infanta Cristina terá que se apresentar no tribunal de Palma de Maiorca, no próximo dia 8 de março.
Esta é a segunda vez que o juiz instrutor, José Castro, constitui a infanta como arguida neste caso de corrupção, depois de em abril de 2013 um recurso apresentado pelo departamento anticorrupção ter anulado a decisão.
Iñaki Urdangarin e o ex-sócio Diego Torres são acusados de desviarem 5,8 milhões de euros de fundos públicos. O instituto Nóos era uma instituição sem fins lucrativos, através do qual os dois sócios terão conseguido contratos milionários com os governos das Baleares e da Comunidade Valenciana, ambos do PP.
Liliana Coelho (Rede Expresso)