Desde 2012 que o sotavento algarvio não era palco de um grande incêndio, combatido desde segunda-feira nos concelhos de Castro Marim, Tavira e Vila Real de Santo António e que já consumiu 6700 hectares. Mais de 600 bombeiros, acompanhados de duas centenas de viaturas e meios aéreos lutaram, até ao fecho desta edição, contra as chamas em plena onda de calor com temperaturas a rondar os 40º e fortes rajadas de vento, que dificultaram as operações
Este incêndio deflagrou pelas 01:05 de segunda-feira, na Pernadeira, na freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, chegando a ser dado como dominado na manhã seguinte, pelas 10:20. No entanto, devido ao vento e às altas temperaturas, o fogo reacendeu com grande intensidade e velocidade, causando uma coluna de fumo que era vista desde Espanha e da Fuseta, no concelho de Olhão, ultrapassando o limite do concelho de Castro Marim para Tavira e Vila Real de Santo António (VRSA) em poucas horas.
“É muito estranho o fogo ter começado à uma da madrugada de segunda-feira, dia 16”, disse ao JA o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, numa opinião comungada também pelo comandante dos Bombeiros de VRSA, Nuno Pereira e pelos presidentes dos municípios de VRSA e Tavira.
Nuno Pereira exemplificou a impressionante velocidade de propagação do fogo, com o facto de terem uma viatura com cinco bombeiros estacionada no Azinhal, na altura em que deflagrou o incêndio e que apesar da rapidez com que a acudiu à chamada – chegou em 20 minutos – este foi muito mais rápido a progredir.
Gonçalo Dourado
(leia a notícia completa no Jornal do Algarve de 19 de agosto de 2021)
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