Vinte e quatro pessoas ficaram feridas durante a última noite, na sequência do incêndio que lavra na serra de Monchique desde o início da tarde de sexta-feira.
Uma das vítimas é uma idosa de 72 anos que está em estado grave e teve de ser transportada para o Hospital de São José, em Lisboa.
Na manhã desta segunda-feira, quase 72 horas depois do início do incêndio, as chamas continuam descontroladas e a progredir em duas frentes, estando a ser combatidas por mais de mil operacionais, apoiados por 300 viaturas, cinco aviões e dois helicópteros.
A noite passada foi de sobressalto na vila de Monchique, com várias localidades a terem de ser evacuadas, incluindo um hotel perto das Caldas de Monchique. O fogo cercou praticamente toda a vila, causando muita preocupação entre os moradores. Bombeiros e população não dormiram para proteger os seus bens e as próprias vidas.
O vento dificultou bastante o trabalho dos bombeiros e há relatos de várias habitações destruídas pelo fogo.
434 militares no terreno a apoiar o combate aos incêndios
Entretanto, as forças armadas mobilizaram esta manhã para Monchique seis pelotões (sendo cinco pelotões do Exército e 1 da Marinha), e dois destacamentos de engenharia do Exército com uma plataforma e dois tratores lagartas, num total de 130 militares, dos quais 111 são do Exército e 19 da Marinha, com 10 viaturas ligeiras e 18 viaturas médias. Estes militares juntam-se a outro que já tinham sido deslocados para a serra algarvia, num total de 434 militares no terreno.
Esta nova mobilização de militares para a região de Monchique surge no seguimento de um pedido da ANPC que tem como objetivo assegurar em específico ações de rescaldo pós incêndio.
JA