Insustentável. É assim que o Governo quer deixar a Segurança Social, acusa Ferreira Leite

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Manuela Ferreira Leite: “A falta de financiamento é que é o grande problema dos empresários”

A antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, acusou esta noite o Governo de estar a preparar um “grande machada” na Segurança Social preparando-se para colocar os portugueses perante o facto consumado da “insustentabilidade irreversível” do sistema de pensões.

Na opinião da antiga ministra das Finanças, será esta a consequência mais do previsível de uma eventual redução faseada da Taxa Social Única (TSU) para os patrões, anunciada pelo primeiro-ministro na semana passada e noticiada esta segunda-feira pelo Diário Económico.

Já esta terça-feira, no Conselho Nacional do PSD, Passos Coelho defendeu uma das medidas mais polémicas que se prepara para levar ao Conselho de Ministros e integrar no plano de reformas que terá que enviar a Bruxelas até ao fim do mês, assumindo a defesa da redução da da TSU, porque “precisamos como de pão para a boca de aumentar o investimento e criar emprego”.

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No habitual espaço de opinião na TVI-24, Ferreira Leite defendeu que o principal problema dos patrões não são os encargos com o pessoal, sendo a TSU um dos principais, mas antes o endividamento excessivo e a descapitalização, que as impede de obter crédito junto da banca. “A falta de financiamento é que é o grande problema dos empresários”, disse.

E insistiu: “Nunca ouvi nenhuma organização patronal queixar-se dos encargos com o pessoal. Estamos num país onde é possível contratar um engenheiro por 500 euros. Não me venham dizer que são os encargos com o pessoal que estão a estrangular as empresas.”

Para a colunista do Expresso e comentadora da TVI, a redução das contribuições pagas pelos patrões iria afundar, ainda mais, o orçamento da Segurança Social que nos últimos anos já “sofreu um grande abalo com o enorme aumento do desemprego e a emigração”, lembrou Ferreira Leite.

Ora, para antiga presidente do PSD, aqui chegados, o Governo iria colocar os portugueses perante o facto consumado da insustentabilidade irreversível da Segurança Social o que implicaria, em seu entender, “aumentar as contribuições ou baixas as pensões”.

“É uma matéria de tal forma grave que não pode ser tratada com ligeireza. Espero, sinceramente, não voltar a falar neste assunto”, rematou.

RE

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