A sardinha é uma das principais espécies transacionadas nas lotas algarvias, mas as quotas de pesca são cada vez mais restritas. Face à escassez de sardinha, os pescadores têm sido incentivados a procurar outras espécies, como o carapau e a cavala, mas o rendimento é significativamente inferior. A má notícia chegou esta semana: os portos algarvios atingiram o limite máximo fixado para a pesca da sardinha.
Em resultado, a pesca da sardinha será interdita a partir do meio-dia em Portimão, porque a quota de pesca de 700 toneladas foi atingida. Mais de 20 barcos e cerca de 200 pescadores deixam assim de poder pescar sardinha, provavelmente até ao meio do próximo ano. A situação deverá repetir-se em Olhão nos próximos dias.
O Governo baseia-se em estudos científicos para justificar a interdição da pesca da sardinha, argumentando que o ‘stock’ de sardinha ibérica tem encolhido, ano após ano. Mas alguns pescadores dizem que há muito peixe no mar.
Apesar de já estarem definidas compensações pela interdição da pesca da sardinha (até 27 euros por dia), os armadores e tripulantes estão descontentes com a situação e dizem que esta interdição vai representar uma enorme machadada no setor. Muitos pescadores ameaçam mesmo abandonar a atividade.
Para 2016, as notícias não são animadoras, o que deverá gerar ainda mais controvérsia e revolta no seio do setor das pescas.
JA