Intervenção anunciada para a EN 125 é “apenas para tapar alguns buracos”

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Os autarcas de Castro Marim e Vila Real de Santo António e o Movimento de Cidadania dos Utentes da EN 125 – Sotavento consideram que a intervenção de urgência ontem apresentada pelo Governo para o troço daquela estrada entre as localidades de Tavira – Cacela – Castro Marim constitui “um claro desrespeito” pelas populações e “não irá resolver nenhum dos problemas estruturais a que a via chegou nos últimos anos”.

Para as três entidades, a obra de urgência chega tarde e já deveria ter sido realizada há vários anos. “Acresce o facto de a mesma ocorrer já em pleno Verão, com todos os prejuízos que daí advirão para a atividade turística, moradores e comércio”.

Além disso, o facto de a estrada ter chegado a este ponto “mostra que quer a concessionária, quer o Governo se demitiram de cumprir as suas obrigações básicas em reparar a via”, sublinham, num comunicado conjunto.

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Da mesma forma, a plataforma de cidadania “não compreende o porquê de mais de metade do milhão de euros anunciado para obras de emergência ser destinado à reparação da ponte do Almargem, em Tavira, enquanto o restante fatia será repartida para obras em Silves, Loulé e no Sotavento”.

Contas feitas, sobram pouco mais de 250 mil euros para proceder à reparação da EN 125 entre Tavira – Cacela e Castro Marim, o que “dará apenas para tapar alguns buracos enquanto se aguarda pela reparação estruturante, que nem sequer possui uma data definitiva”.

Perante estes factos, o autarca de Castro Marim, Francisco Amaral, a presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, e o Movimento de Cidadania garantem que irão continuar com todas as ações de luta previstas para exigir que a requalificação estruturante da EN 125 no Sotavento seja uma realidade e já preparam um conjunto de ações e campanhas de rua.

Além disso, a plataforma de autarcas e o movimento de cidadania vão solicitar ao Governo, com caráter de urgência, toda a documentação relacionada com a renegociação do contrato de requalificação da EN 125 entre Olhão e VRSA e exigir a apresentação da calendarização detalhada do mapa de trabalhos e dos ajustes diretos já concretizados pela Infraestruturas de Portugal.

Recorde-se que a alteração do contrato de subconcessão da Algarve Litoral (gestora da EN 125) deu entrada no Tribunal de Contas no dia 14 de março, mas foi devolvido à Infraestruturas de Portugal (IP), para pedido de esclarecimentos adicionais, no dia 28 do mesmo mês.

Até à data de hoje, a empresa pública ainda não tinha remetido uma resposta ao pedido de informação do tribunal, pelo que a alegação da Infraestruturas de Portugal de que a culpa pelo atraso na obra é da responsabilidade do Tribunal de Contas não corresponde à verdade.

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