“Invasão” de estufas e imigrantes gera apreensão na Costa Vicentina

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Os municípios de Aljezur e Odemira estão preocupados com a intensificação da atividade agrícola no parque natural, devido essencialmente ao crescimento acentuado da produção de pequenos frutos em estufas. Os presidentes das duas autarquias já falam de “um afluxo migratório sem precedentes na região”, que levou ao esgotamento do alojamento disponível nestes concelhos. Face a esta situação, os autarcas exigem “limites e controlo” à agricultura ‘protegida’ e ao alojamento temporário nas explorações agrícolas

O aumento do número de estufas no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) está a gerar muita apreensão entre os autarcas e a população local. A resolução do conselho de ministros, de outubro passado, que permite o aumento de estufas no perímetro do parque natural, continua a provocar protestos, com as populações a insurgirem-se contra o aumento destas explorações agrícolas. Já os autarcas alegam que não foram ouvidos nesta matéria e alertam que a região não está preparada para acolher mais trabalhadores imigrantes.

Num comunicado conjunto dos presidentes das câmaras de Aljezur (José Gonçalves) e Odemira (José Alberto Guerreiro), divulgado na semana passada, os autarcas manifestam o seu desagrado pelo novo regime especial transitório do Perímetro de Rega do Mira (PRM) – situado nos concelhos de Odemira (Alentejo) e Aljezur (Algarve) – que já está em vigor. No documento, assinado pelos presidentes das duas autarquias, os dois municípios não escondem temer os “efeitos práticos” desta decisão, “que permite a continuada densificação de culturas protegidas e consequente pressão social na área do PNSACV”.

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Afluxo migratório sem precedentes na região”

Sublinhando que não são contra a atividade empresarial agrícola ou qualquer outra, “desde que estas se enquadrem nos objetivos e regras do parque natural”, os municípios de Aljezur e Odemira lembram que, “na última década a atividade agrícola no PNSACV intensificou-se, tendo como base o crescimento acentuado da produção de pequenos frutos”, sendo que, em consequência, “a necessidade de mão de obra é na ordem dos 10 trabalhadores por hectare de produção, o que se traduziu num afluxo migratório sem precedentes na região, lotando o alojamento disponível em venda ou arrendamento”…

Leia a notícia completa na edição em papel.

Nuno Couto

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