Invasão de “habitações” móveis sem fim à vista

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O problema já tem pelo menos duas décadas, mas a prática de autocaravanismo e campismo selvagem continua a agravar-se, de ano para ano, por toda a costa algarvia, ao ponto de autarcas e populações locais já falarem de um “caos” impossível de controlar. “Estas ‘habitações’ móveis estão a multiplicar-se, transformando a nossa costa em parques campismo improvisados, sem quaisquer condições de higiene sanitária”, denunciam

O Algarve acolhe todos os anos milhares de caravanistas que preferem sobretudo o litoral para estacionar. Muitos deles fazem mesmo da costa algarvia um autêntico hotel à beira-mar.

O problema é mais evidente durante o pico do verão, quando algumas zonas da região – desde o parque natural da Costa Vicentina a Vila Real de Santo António – parecem mesmo transformadas em “bairros de lata”, com tendas, mesas postas e roupa a secar nos estacionamentos superlotados das praias, assim como no topo das falésias.

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Apesar de nos últimos anos terem sido criadas estruturas de acolhimento em algumas localidades – que permitem, por exemplo, o abastecimento de água e a descarga de esgotos –, os autarcas e a população defendem que ainda é preciso criar mais pontos de apoio aos autocaravanistas.

Segundo um documento que a Associação de Parques de Campismo do Alentejo e Algarve enviou recentemente à Assembleia da República, para expor a grave situação que se vive nestas regiões, a associação fala de “cerca de 180 mil veículos” que escolheram o sul de Portugal para passar o inverno. E, claro, no verão são muitas mais!

Um “caos” impossível de controlar

“Esta afluência preocupa-nos a todos. Em muitos concelhos do Algarve será necessário criar um regulamento municipal, fomentar o aparecimento e investimento em estações de autocaravanas e regular este setor”, lê-se na exposição entregue no parlamento, onde a associação também refere que “a não regulação deste fenómeno tem consequências danosas para a economia, segurança e organização regional”.

“Não nos podemos esquecer que parte do IVA gerado num concelho pertence à autarquia e, se não houver clientes em espaços legais, são verbas que não entram nos cofres dos municípios”, lembram os responsáveis.

Este problema está identificado há mais de duas décadas no Algarve, mas a prática de autocaravanismo e campismo selvagem continua a agravar-se, ao ponto de autarcas e populações locais falarem de um “problema” sem fim à vista e de um “caos” impossível de controlar…

Leia a notícia completa na edição em papel.

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