Investigadores apresentam em Vilamoura novos contributos para o avanço da diabetologia

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O 11.º Congresso Português de Diabetes arranca já esta quinta-feira, dia 6, e prolonga-se até domingo, no Hotel Tivoli Marina, em Vilamoura

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Começa esta semana o maior congresso na área da diabetes. A partir de quinta-feira e até domingo, vão estar, em Vilamoura, mais de 1.300 participantes, entre médicos especialistas e internos de várias especialidades médicas ligadas à diabetologia, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, investigadores, entre outros.

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A diabetes na gravidez, com a apresentação de novos dados, e as novas tecnologias associadas à administração de insulina são dois dos temas do programa em destaque neste encontro que contará com dois cursos, 12 simpósios, conferências, mais de 100 comunicações livres e “posters”.

“É urgente fazer uma abordagem da diabetes através de novos conceitos, novas terapêuticas e formas de abordar e investigar esta doença que é a quarta causa de morte no mundo, mantendo o interesse clínico e científico deste encontro que vai já na sua 11.ª edição”, diz Rui Duarte, presidente da comissão organizadora.

“Realço a importância da participação dos investigadores e dos cientistas neste encontro, já que sem investigação a diabetologia não avançaria», acrescenta aquele responsável.

A conferência inaugural do congresso será feita por José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, que falará sobre o “O estado atual da Medicina”.

Os dois cursos que integram o Congresso versam sobre temas como a “Educação terapêutica da pessoa com diabetes: explorar a ambivalência – Entrevista motivacional”, a cargo da equipa educativa da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), e “Insulinoterapia funcional”, da responsabilidade do Serviço de Endocrinologia dos HUC.

Os 12 simpósios, na sua maioria da responsabilidade dos Grupos de Estudo da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, vão centrar-se em temas como o “Pé diabético”, “Diabetes e Rim”, “Diabetes nas Crianças e adolescentes”, “Diabetes no paciente sénior”, “Terapêuticas avançadas na diabetes”, “Diabetes e gravidez”, com a apresentação de novos dados nesta área.

“Como tem acontecido em congressos anteriores, ultrapassamos o número de inscritos que vai já em 1.300 e esperamos ir ao encontro das expetativas dos muitos participantes, não só porque os temas vão ser do maior interesse clínico mas também porque a diabetes está no centro das preocupações da humanidade às quais os médicos portugueses não são de modo nenhum alheios”, conclui Rui Duarte.

A quarta causa de morte nos países desenvolvidos

A diabetes é uma doença crónica que tem graves implicações a nível cardiovascular e é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira. Esta doença é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta patologia pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos.

Em 2013 a diabetes matou 5,1 milhões de pessoas. Estima-se que em 2035 o número de pessoas com diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55 por cento da população atingida pela doença.

Portugal posiciona-se entre os países europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da diabetes (12,9% da população portuguesa, segundo dados do relatório “Diabetes: Factos e Números” do Observatório Nacional da Diabetes, o que corresponde a mais de 1 milhão de pessoas).

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