Os docentes e investigadores da Universidade do Algarve voltam a manifestar-se, esta quinta-feira, a partir do meio-dia, em frente à reitoria, no Campus de Gambelas, para exigir o cumprimento das leis do orçamento e do emprego científico, bem como do regulamento de avaliação do desempenho.
A ação, a sexta levada a cabo nos últimos meses, é organizada pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior.
“A reitoria da Universidade do Algarve e o MCTES vão tentar excluir da regularização no âmbito do PREVPAP, 18 investigadores precários cujos processos já haviam sido aprovados”, denuncia o sindicato.
O objetivo desta manifestação é “manifestar o desagrado com a situação gravíssima” que envolve os investigadores e bolseiros que, em 2017, concorreram ao Programa de Regularização de Precários do Estado (PREVPAP).
“Trata-se de um grupo que inclui desde colaboradores técnicos a investigadores que desempenham cargos e funções garantes do bom funcionamento da estrutura científica da instituição”, realça o sindicato, frisando que “os trabalhadores (bolseiros e contratados a termo) continuam preocupados com a não regularização, até ao momento, das suas situações laborais, mais de um ano volvido sobre a reunião que deu parecer favorável à integração nas respetivas carreiras, mas sobretudo apreensivos quanto à falta de dignificação da atividade de investigação e quanto à ausência de uma carreira de investigação no seio da Universidade do Algarve”.
O sindicato chama especial atenção para a situação de 18 investigadores cuja integração na carreira foi igualmente votada favoravelmente em janeiro de 2018, mas que não receberam ainda a respetiva homologação.
Isto porque, alega o grupo dos investigadores precários, “o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foi à Assembleia da República informar que recebeu uma carta do reitor da Universidade do Algarve solicitando a reapreciação dos processos destes investigadores”.
“Ora, esta nova reunião realiza-se na próxima sexta-feira, dia 22 de março. Não podemos permitir que processos já avaliados voltem para trás sem justificação do foro legal e por isso fazemos ouvir o nosso repúdio pela forma arbitrária com que temos sido tratados tanto pela reitoria da nossa instituição como pelo MCTES”, remata o sindicato.