Investimentos imobiliários caíram mais de 50%

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O investimento imobiliário em Portugal movimentou uma verba de 241 milhões de euros no primeiro semestre, o que representa menos de metade dos valores dos primeiros seis meses do ano passado, segundo a Cushman & Wakefield (C&W).

De Janeiro a Junho de 2010 foram registados negócios de investimento em Portugal com um valor de 241 milhões de euros, menos de metade do registado no período homólogo, cerca de 600 milhões, o que, segundo a consultora imobiliária, é “um investimento inferior ao esperado para o primeiro semestre”.

Ainda assim, Luís Rocha Antunes, director do departamento de investimento da C&W em Portugal, acredita que 2010 “pode vir a atingir valores superiores aos de 2009 ainda que modestos face à média dos últimos anos”, o que, acrescentou, dependerá da “evolução da economia mundial e nacional”.

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“O volume médio por negócio efetuado na primeira metade de 2010 subiu para os 13 milhões de euros, ainda assim inferior à média dos últimos dez anos, em que situou nos 18 milhões de euros”, com o contributo “da maior actividade no mercado dos investidores estrangeiros, responsáveis por 51 por cento das transações verificadas até Junho”, realça.

De acordo com a C&W, “a principal transacção do ano foi a compra do centro comercial Espaço Guimarães, desenvolvido em parceria pela Multi Development e pela Bouygues Imobiliária, por parte dos investidores holandeses Corio”.

A compra do ECOPark Azambuja pelo fundo nacional ES Logística, gerido pela ESAF, à Turiprojecto, no valor de 33,3 milhões e a operação de sale & leaseback de uma plataforma logística, também situada na Azambuja, pela Sonae ao fundo britânico Aprirose Real Estate Investment são os outros negócios mais relevantes até junho.

Em relação aos setores de actividade, a C&W realça “um regresso à primazia do retalho, que representou cerca de 58 por cento no total de investimento, com uma parte importante deste montante investida em centros comerciais”.

Segue-se o setor industrial, ao qual foi destinado 28 por cento do volume total investido e o sector de escritórios, com 12 por cento do montante total.

Segundo a análise da C&W, o sector residencial recebeu o menor volume transacionado, apenas 2,4 por cento.

Luís Rocha Antunes defende que “em Abril, as más notícias sobre as economias do Sul da Europa provocaram uma regressão no otimismo cauteloso que se vivia no início do ano”.

“A incerteza quanto ao momento em que se irá dar a inversão na curva de crescimento das economias e quais os custos reais que esta crise pode ter provocado, levou a uma retoma de maior cautela por parte de investidores e financiadores, não sendo previsível alteração do nível de valores nos próximos meses”, concluiu.

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