IVA da restauração não vai baixar. Palavra de Passos Coelho

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Nem IVA da restauração, nem IVA na fatura da eletricidade. Pedro Passas Coelho afirmou esta noite que, caso volte a ser eleito, não baixará o imposto em qualquer destes sectores, considerando que “não há margem para o fazer”. Admitiu, contudo, que o Governo poderá estar em condições de pagar o crédito fiscal no próximo ano, valor que não concretizou, mas que se pode aproximar dos 0,5% da sobretaxa.

Em resposta às perguntas das pessoas presentes no estúdio da “TVI”, onde decorreu a entrevista dada pelo primeiro-ministro a este canal televisivo, Passos Coelho refutou ainda algumas das críticas apontadas pelo público, nomeadamente quanto aos cortes efetuados prioritariamente aos rendimentos dos reformados e pensionistas, o desinvestimento na Educação e a degradação do Estado social.

“Os portugueses em geral foram chamados a fazer grandes sacrifícios e esse esforço foi feito em conjunto, tendo o Governo protegido os que tinham mais fracos rendimentos. Não tenho nada contra os reformados e pensionistas”, respondeu Passos Coelho a Armanda Gonçalves, que lhe perguntou porque foram os reformados “um alvo a abater”.

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Em relação à questão do IVA da restauração, o primeiro-ministro considerou a medida uma falsa solução para a crise do sector. “Quando a taxa subiu os preços não aumentaram”, tal como “não vão baixar se o IVA descer”, disse. ““O problema da restauração tem a ver com a redução da procura, porque com a crise as pessoas passaram a acomer fora menos vezes”, concluiu.

A uma outra questão sobre o que fará nas áreas sociais do Estado, nomeadamente na Saúde, o líder do PSD respondeu no passado, para considerar que “o Estado social respondeu bem, apesar de ter estado à beira da rutura”. “Resistiu”, disse, garantindo até “termos conseguido um bom desempenho na área da Saúde, com mais hospitais, mais atos médicos no Serviço Nacional de Saúde, mais unidades familiares de atendimentos, o alargamento da isenção nas taxas moderadoras e, continuadamente, melhores indicadores de saúde”.

Na última parte da entrevista, reservada às perguntas colocadas nas redes sociais, Passos repetiu “não ter nenhuma dívida à Segurança Social”. Quanto às notícias desta quinta-feira, sobre a existência de ilegalidades no caso Tecnoforma, empresa em que foi consultor e administrador, o primeiro-ministro afirmou nada saber sobre a investigação citada pelos media ou os seus resultados. “Não sei que suspeitas são, muito menos qualquer coisa que possa ter o meu envolvimento. Nada pode existir que me envergonhe, embarace ou cause qualquer problema”, garantiu.

Quanto ao balanço dos quatro anos de Governo, que “exigiram grande esforço e até obstinação para alcançar os resultados necessários”, faz um sado positivo. “Valeu a pena, para se poder começar a sonhar com um futuro melhor”, disse, depois de descrever como “um entendimento de confiança” a relação com o líder do CDS-PP, Paulo Portas.

Defendeu ainda que ambos estão comprometidos com uma solução “coerente e consistente” para dar continuidade à maioria, não pondo “sequer a hipótese” de uma eventual coligação entre o partido parceiro de governação e o PS, em função do resultado das próximas legislativas.

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