A nave espacial russa não-tripulada Progress 59, em órbita terrestre desde esta terça-feira e que estava descontrolada há mais de uma semana, despenhou-se na madrugada desta sexta-feira no oceano Pacifico.
O anúncio foi feito pela agência espacial russa Roscosmos no site oficial e na página do Twitter: “TGK Progress M-27M deixou de existir às 5h04 MSK [hora de Moscovo, 3h04 em Lisboa], do dia 8 de maio de 2015. A entrada para as camadas espessas da atmosfera ocorreu sobre o centro do oceano Pacífico.”
Quando reentrou na atmosfera terrestre, a nave incendiou-se formando uma bola de fogo que terminou no fundo do oceano. A Roscosmos disse ainda que apenas pequenos pedaços poderão ter sobrevivo à queda.
Esta queda foi muito falada e até criou algum alarme. Na realidade, o risco de acertar em alguém era muito reduzido, precisamente porque já se previa que a Progress 59 se desintegrasse ainda antes de tocar no solo.
Alguns cientistas, citados pelo jornal britânico “The Guardian”, garantiram até que a hipótese de alguém ser atingido era “muito menor do que a probabilidade de ser-se atingido por um raio”.
No comunicado divulgado pela agência russa esta sexta-feira é ainda avançado que vai iniciar-se uma investigação para compreender o que correu mal com esta missão. Os resultados devem ser apresentados, o mais tardar, até à próxima quarta-feira, 13 de maio.
A Progress 59 foi lançada a 28 de abril da base Baikonur, situada no Cazaquistão, e tinha como destino a Estação Espacial Internacional. Mas pouco tempo decorrido a equipa de terra de técnicos russos perdeu o controlo da nave e apesar das várias tentativas não foi possível restabelecer as comunicações.
A bordo estavam armazenados 880 litros de gasolina, 420 litros de água, 50 quilos de oxigénio e mais 1419 quilos de comida e roupa. Apesar destes mantimentos não terem chegado aos seis astronautas em missão permanente no espaço, não há motivo para alarme quanto à subsistência dos astronautas e da estação internacional, que está garantida por quase mais um ano.
Esta foi a segunda nave de carga, com destino à Estação Espacial Internacional, a perder-se nos últimos oito meses. Em outubro, uma idêntica nave não-tripulada, mas esta norte-americana, explodiu ainda durante o lançamento.
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