Jihad. Pai e filho luso-argelinos dados como mortos na Síria

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As autoridades portuguesas estão tentar confirmar a morte de Abu Al-Faruq, de 15 anos, um jovem que terá dupla nacionalidade portuguesa e argelina, e que partiu de Portugal para se juntar ao autodenominado Estado Islâmico (Daesh) em junho de 2014, tal como o Expresso noticiou na altura.

“A indicação é de poder ser um luso argelino”, adiantou uma fonte próxima da investigação. Quer a partida para a Jihad quer a sua morte foram anunciadas através do Twitter, em contas de jiadistas estrangeiros. As referências, sempre com fotografia, colocavam o menor já na Síria, uma vez armado, outra vez ao telefone, supostamente a tentar recrutar um amigo a juntar-se a ele, lia-se na legenda.

Na última foto, que surgiu na última sexta-feira, Abu aparece sorridente depois de pescar um peixe de grandes dimensões. Mas o tweet não serve para dar boas noticias: anuncia a sua morte em combate, e a sua ligação filial a outro jiadista nacional, abatido no início do mês.

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Abu será filho de Abu Juwayria al-Burtuqali (ou Portughali), um suposto comandante cuja morte foi anunciada pelo Estado Islâmico. O governo não confirmou ainda esta morte, nem a sua localização na Síria estava referenciada pelos serviços de segurança. O Expresso falou com ele em outubro de 2014, em português, através do chat do Facebook, mas Abu recusou-se “a conversar com jornalistas”. A conta foi depois desativada.

Estas serão a quarta e quinta mortes de cidadãos com nacionalidade portuguesas anunciadas pelo Daesh. Em maio morreu José Parente, num atentado suicida, três meses depois foi a vez de Sandro Monteiro, vítima dos ataques aéreos em Kobane. Mikael Batista terá sido a terceira vítima, já em janeiro deste ano, também alvo das bombas dos aviões da coligação ocidental liderada pelos EUA.

RE

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