Jihadistas publicam vídeo com decapitação de mais um jornalista americano

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Um novo vídeo divulgado pelo Estado Islâmico do Iraque (EII) e intitulado “Uma segunda mensagem para a América”, mostra a decapitação de um homem. A vítima é Steven Sotloff, um jornalista norte-americano que se encontrava refém deste grupo extremista desde 2013.

A CNN diz que Sotloff falou para a câmara antes de ser morto, dizendo que está a “pagar o preço” da intervenção dos Estados Unidos naquela região. Considerando que era um prisioneiro, é possível que as suas palavras tenham sido escritas pelo próprio. A CNN diz também que neste segundo vídeo está outro refém, tal como Sotloff estava no vídeo em que foi mostrada ao mundo a decapitação de Foley. Segundo a agência Reuters, trata-se do britânico David Haines.

“Eu vi a notícia. É um ato absolutamente repugnante e desprezível, sobre o qual farei uma declaração mais tarde”, disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

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O porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, foi lacónico a comentar o assassinato de Sotloff: “Estamos enojados”.

Por seu lado, e de acordo com o site “National Review Online”, o porta-voz do presidente Obama enfatizou a circunstância de os Estados Unidos terem tentado salvar Steven Sotloff: “Os Estados Unidos têm dedicado tempo e recursos significativos para tentar resgatar o Sr. Sotloff,” comentou Josh Earnest à imprensa quando foi confrontado com a circunstância de o Exército de Libertação do Iraque ter executado o jornalista seqüestrado.

No vídeo Sotloff é aparentemente morto pelo mesmo jihadista britânico que matou o fotojornalista americano James Foley. Em ambos os vídeos, os prisioneiros vestiam macacões laranja.

“Estou de volta, Obama, e eu estou de volta por causa de sua política externa arrogante para com o Estado islâmico, por causa de sua insistência em prosseguir com seus bombardeamentos em Amerli, Zumar Mosul, apesar de termos feito avisos sérios,” disse o jihadista que executou Sotloff dirigindo-se ao presidente dos EUA.

“Assim como os mísseis continuam a atacar o nosso povo, a nossa faca continuará a atacar o pescoço de seu povo.”
Steven cresceu na Florida

Steven Sotloff tinha 31 anos, trabalhava com regularidade para a revista “Time” e outras publicações americanas, e desapareceu na Síria em 2013. Foi visto no vídeo em que o Estado Islâmico do Iraque divulgava a decapitação do jornalista americano James Foley, no dia 19 de agosto [o vídeo foi divulgado a 20].

A 26 de agosto, a mãe de Steven Sotloff, Shirley, divulgou um vídeo onde apelava ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, para salvar a vida do seu filho Steven.

Steven cresceu no sul da Flórida, com a mãe, Shirley, pai e uma irmã mais nova. Licenciou-se em jornalismo na Universidade Central da Florida, perto de Orlando. Mais tarde, teve aulas de árabe e começou a trabalhar como ‘freelancer’ para várias publicações, fazendo diversas viagens para países do Médio Oriente.

Na sua página pessoal do Facebook, Steven referia que “Lawrence da Arábia” era um dos seus filmes preferidos.

RE

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