Jogos Olímpicos não serão cancelados, apesar do Zika

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O vírus Zika não vai impedir a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A garantia foi dada esta segunda-feira pelo presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

A seis meses do arranque do evento desportivo, o responsável diz acreditar que em agosto serão garantidas todas as condições para os atletas e para os espectadores, apesar do surto do vírus que foi declarado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma emergência de saúde global, suspeito de causar microcefalia em bebés.

Por esse motivo, o Brasil recomenda que as grávidas não viajem até ao país, face aos elevados riscos para os filhos. “O risco, que eu posso dizer sério, é para as mulheres grávidas. É claramente não recomendável que viajem para os Jogos Olímpicos para não correrem riscos”, afirmou Jaques Wagner, ministro-chefe da Casa Civil do Brasil.

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O governante sublinhou, contudo, que não há motivos para alarme, apelando aos atletas e turistas para não terem receio de viajar para o país. “Tenho que explicar para aqueles que virão para o Brasil, para os atletas, que existe risco zero com exceção para as mulheres grávidas”.

Não existe ainda vacina ou cura para o Zika, estando os investigadores em pressão para a descoberta de fármacos que travem o vírus. O objetivo é evitar uma resposta tardia, tal como se verificou aquando do surto de ébola, que matou mais de 11.300 pessoas na África Ocidental.

Ordem é acelerar a pesquisa

Esta terça-feira, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, manifestou-se preocupada com a velocidade como o vírus se está a propagar, defendendo que é “urgente coordenar os esforços internacionais para entender se o [vírus] zika está de facto a causar anomalias a bebés.”

Vários peritos da OMS advertem que o vírus Zika pode ser uma ameaça maior do que o ébola, sendo vital acelerar as pesquisas, segundo o “Guardian”.

Entretanto, vários organismos internacionais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Federação Internacional da Cruz Vermelha apelaram para a doação de mais de 40 milhões de reais (9 milhões de euros) para combater o vírus, refere o jornal “Estado de S. Paulo”.

Nesta altura, registam-se infeções relacionadas com o vírus zika em 13 países da América, Ásia e África. A OMS estima que 4 milhões de casos poderão surgir no próximo ano no continente americano.

São os mosquitos da espécie Aedes Aegypti – que transmitem também o dengue – que são responsáveis pela transmissão do vírus, descoberto pela primeira vez há cerca de 65 anos na floresta Zika, no Uganda.

Liliana Coelho (Rede Expresso)

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