José Agualusa recebeu Prémio de Crónica e Dispersos Literários

O prémio foi atribuído ao escritor pela sua obra “O Mais Belo Fim do Mundo”, cuja proposta partiu do jornalista Carlos Albino

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O escritor luso-angolano José Eduardo Agualusa recebeu na quinta-feira, 26 de maio, o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários, no âmbito das comemorações do Dia do Município de Loulé, anunciou a autarquia.

O prémio foi atribuído ao escritor pela sua obra “O Mais Belo Fim do Mundo”, cuja proposta partiu do jornalista Carlos Albino, mentor e porta-voz do júri.

“Loulé seria o local ideal para se criar um encontro anual ou bianual de cronistas. O contacto com os escritores de crónica poderia ajudar a retirar da banalidade os textos que se publicam por toda a parte. E também muitos dos jovens que têm vocação para a escrita criativa, como é o caso da crónica, e andam à deriva, sem gramática nem dicionário”, considera, em comunicado..

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Já o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, refere que “em Loulé os bons desafios

abraçam-se e esta é, de facto, uma ideia muito importante porque a literatura tem um papel insubstituível na vida das nossas comunidades”.

“Acho a sugestão extraordinária, transformar Loulé na capital da crónica e criar eventos ligados à crónica. Podem contar comigo para apoiar esse tipo de iniciativas”, sublinha José Eduardo Agualusa.

“O Mais Belo Fim do Mundo” reúne alguns contos, crónicas e entradas do diário do autor, escritos entre 6 de fevereiro de 2018 e 21 de dezembro de 2021, e “dá testemunho destes últimos anos confusos que vivemos”, como o próprio refere.

“Estamos perante crónicas que intervêm, reclamam e incitam, criam beleza e combatem o ódio, e fazem-no sem receio de oferecer, ao mesmo tempo, uma prosa poética, lírica, envolvida com as pequenas coisas da vida, para além de que a sintaxe é pura, sem efeitos desnecessários”, aludiu Carlos Albino.

O júri destacou ainda o facto de Agualusa ser “um escritor de espírito livre, que fala sobretudo do eixo África-Brasil-Portugal, mas cujo universo é global” e que “evoca, por várias vezes, o poder da justiça poética”.

Recorde-se que o Grande Prémio de Crónica e Dispersos Literários distinguiu já os autores José Tolentino Mendonça (“Que coisa são as nuvens”), Rui Cardoso Martins (Levante-se o Réu) Mário Cláudio ("A Alma Vagueante"), Pedro Mexia (“Lá Fora”), Mário de Carvalho (“O que eu ouvi na barrica das maçãs”) e Lídia Jorge (“Em Todos os Sentidos”).

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