Julgamento de funcionários da Docapesca de VRSA começou hoje em Faro

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O julgamento dos funcionários da Docapesca de Vila Real de Santo António acusados de fraude começou esta quarta-feira no Tribunal de Faro. As testemunhas começaram a ser ouvidas esta manhã.

O caso remonta ao ano de 2010, quando compradores de pescado, que se sentiram lesados, denunciaram à Docapesca um alegado esquema fraudulento de venda paralela.

A empresa encaminhou a queixa para a Capitania do Porto de Vila Real de Santo António e esta remeteu-a para a PJ, que começou a investigar o caso em colaboração com a própria Docapesca.

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Já em 2011, as instalações da empresa em Vila Real de Santo António foram alvo de buscas por parte da PJ, numa operação que incluiu, simultaneamente, buscas nas residências dos funcionários, tendo estes sido, posteriormente, interrogados durante largas horas.

Câmaras desligadas, dinheiro nos cacifos e nos bolsos

Durante a operação levada a cabo na lota, a PJ deparou-se com as câmaras de videovigilância exterior desligadas, enquanto algumas das que se encontravam no interior do edifício estavam viradas para cima e outras tapadas, supostamente para impedir a captação de imagens.

Na mesma operação foram ainda encontradas diversas caixas de marisco sem registo, bem como quantidades de notas (entre os 400 e os 600 euros) nos cacifos e nos bolsos dos funcionários.

Os dois funcionários com cargos de chefia acabaram por ser transferidos para a Docapesca de Olhão, enquanto os restantes continuaram ao serviço em Vila Real de Santo António, mas sob investigação.

Na altura, a empresa explicou que os funcionários não foram objeto de suspensão devido ao facto de “a investigação ainda se encontra em curso e sob segredo de justiça”. Porém, a administração da Docapesca acrescentou que iria “agir em conformidade, no momento em que forem provados os factos”.

Afinal não era rapto, era a PJ

No dia em que foram efetuadas as buscas às residências dos funcionários da Docapesca, os familiares e vizinhos de um deles, que estava sozinho em casa, chegaram mesmo a pensar que se tratava de um assalto com rapto incluído.

Primeiro, foram os vizinhos que o viram sair de casa, acompanhado por dois indivíduos desconhecidos (que afinal eram agentes da PJ), e entrar numa viatura descaracterizada. Depois, a família verificou que a casa tinha sido completamente vasculhada.

Estes factos levaram a que chegasse a ser feita queixa junto da PSP local, que iniciou imediatamente uma operação para “salvar” o referido indivíduo das mãos dos supostos “meliantes”. Porém, os agentes da PSP acabaram por descobrir que se tratava de um mal-entendido e que o funcionário da Docapesca tinha sido transportado para Faro pela PJ para ser interrogado.

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