O porta-voz do regime de Muammar Kadhafi, Mussa Ibrahim, fez um apelo aos apoiantes do ditador líbio para que se apresentem no país, oferecendo armas para combater os rebeldes, que já tomaram a fortaleza onde, por mais de 40 anos, Kadhafi comandava o país.
“Os voluntários podem vir à Líbia e nós forneceremos-lhes armas, munições e treino”, declarou Ibrahim à rede de TV síria. “Se os bombardementos prosseguirem, vamos transformar a Líbia numa fogueira e saberemos proteger os civis dos bandos e da aliança da NATO”.
Mais cedo, o próprio Kadhafi revelou que optou por uma “retirada tática” do seu quartel-general no bairro de Bab el-Aziziya, em Tripoli.
“Bab el-Aziziya não era nada para além de um monte de escombros após ter sido bombardeado por 64 mísseis da NATO (desde o início do conflito)”, declarou Kadhafi numa mensagem de áudio divulgada na noite desta terça-feira.
Na mensagem, Kadhafi não faz qualquer referência ao local para onde se retirou.
Os rebeldes líbios tomaram esta terça-feira o quartel-general de Kadhafi em Tripoli, onde as tropas leais ao regime resistem em apenas alguns bairros da capital.
