Lagoa revive tradições em risco de desaparecer

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A cidade de Lagoa vai ser palco, no próximo dia 15 de outubro (sábado), do desfile etnográfico “A Nossa Gente, A Nossa Identidade”. A iniciativa é promovida pela Câmara de Lagoa, em colaboração com as juntas de freguesia, associações, coletividades e grupos musicais do concelho.

“A ideia é recriar e reviver tradições, costumes, profissões, saberes, fazeres, alfaias e indumentárias de outros tempos, cujas memórias correm o risco de desaparecer”, adianta a organização.

Ainda de acordo com os responsáveis, com este evento não se pretende reproduzir a “Festa da Família Agrária” – uma das mais importantes e grandiosas tradições de Lagoa entre meados do século XX e início da década de 70 –, que juntava toda a comunidade, do “povo” às elites abastadas, em redor da devoção a Nossa Senhora de Fátima e dos rituais pagãos das colheitas de maio. A ideia é, isso sim, “celebrar a representação social dos setores de atividades económicas primárias das diferentes freguesias-paróquia, numa viagem pelas comunidades agrícolas, piscatórias e industriais das povoações e lugares do concelho, incluindo alguns já desaparecidos”.

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Desfile arranca no auditório e termina na adega

Tendo em conta a importância do vinho e da vinha na matriz social e económica do concelho, este desfile está também enquadrado na programação de Lagoa “Cidade do Vinho 2016”, celebrando simultaneamente a história das gentes, num passado de forte produção vitivinícola. Como tal, o final do desfile será na Única – Adega Cooperativa do Algarve, onde muitas destas memórias se perpetuam.

O desfile, que celebra a identidade concelhia, terá início junto ao auditório municipal, pelas 14h30, percorrendo o centro da cidade a partir das 15h30, até às instalações da adega Única, onde haverá um convívio e espetáculo musical, com início às 17h00.

NC|JA

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