Dois anos depois de o Ministério do Mar ter informado que iria realizar um levantamento das necessidades do país, para elaborar um plano de desassoreamento das barras mais problemáticas, o PCP denuncia que está quase tudo na mesma no porto de Lagos.
Em maio de 2016, o deputado comunista Paulo Sá apontou “a necessidade de obras no porto de pesca de Lagos”, alertando para diversos problemas, designadamente “o assoreamento da barra, a degradação das defensas e das escadas do cais em frente ao edifício da Docapesca, a degradação do pavimento na extremidade oeste do cais, a ocupação da rampa varadouro por duas embarcações abandonadas e a ausência de uma zona específica para a preparação das artes de pesca”.
Em resposta, o Ministério do Mar reconheceu “a necessidade de requalificar o porto de Lagos” e informou que “quanto ao desassoreamento, o Ministério do Mar pretende dispor, até ao final do ano, de um levantamento das necessidades ao longo do país, para agendar um planeamento estruturado e regular”.
Volvidos dois anos, uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá eleito pelo Algarve e acompanhada por representantes da Docapesca, voltou a visitar o porto de pesca de Lagos, tendo verificado que foi feita uma intervenção de requalificação do edifício da lota, foram colocadas novas defensas e escadas no cais de descarga, foi colocada uma grua de apoio à descarga de pescado, uma das embarcações abandonadas foi retirada da rampa varadouro e foi colocado um cais flutuante para embarcações de pequena dimensão.
O PCP valoriza estas intervenções, concretizadas nos últimos dois anos, mas assinala que “outras intervenções não foram concretizadas”, entre as quais o desassoreamento da barra de Lagos. Por isso, Paulo Sá voltou agora a questionar a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, sobre os planos do Governo em relação ao desassoreamento da barra de Lagos.
JA