Limitar aquecimento global a 1,5 graus reduzirá riscos para humanos

Os cálculos têm por base um aumento da temperatura de 3,66 °C, de 2 °C e de 1,5 °C

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Limitar o aquecimento global a um aumento de 1,5 graus celsius (°C) acima dos valores pré-industriais reduziria riscos para os seres humanos em até 85%, indica um estudo divulgado esta semana.

O estudo, sobre os benefícios de limitar o aquecimento global nas regiões mais vulneráveis às alterações climáticas, calcula as reduções de uma série de riscos para o ser humano, como a falta de água, o stress térmico, as doenças transmitidas por novos vetores, as inundações costeiras e fluviais e os efeitos sobre a agricultura e a economia. Os cálculos têm por base um aumento da temperatura de 3,66 °C, de 2 °C e de 1,5 °C.

Dirigidas pela Universidade de East Anglia, do Reino Unido, as investigações indicam o quanto é importante limitar o aquecimento global a 1,5 °c, como preconiza o Acordo de Paris sobre redução de gases com efeito de estufa. Mas, porque as políticas climáticas mundiais são atualmente insuficientes para manter o aquecimento global nos 1,5 °C acima dos valores médios da época pré-industrial os investigadores comparam com aquecimentos superiores, sendo que os riscos para o ser humano sobem conforme sobe o aquecimento global.

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De acordo com a investigação, os riscos de um aquecimento de 3,66 °C serão reduzidos entre 26% e 74% se o aumento da temperatura não for além dos 2 °C e terão uma redução entre 32% e 85% se o aquecimento puder ser limitado a apenas 1,5 °C.

Os resultados da investigação, publicados na revista Climatic Change, indicam que em termos percentuais os riscos mais evitados são os das inundações fluviais, seca e stress térmico, ainda que em termos absolutos a redução de risco é maior para a seca.

Os investigadores identificaram a África Ocidental, Índia e América do Norte como regiões onde os riscos causados pelas alterações climáticas são projetados para aumentar mais com 1,5 °C ou 2 °C de aquecimento global médio até 2100.

Comparando um aumento da temperatura de 1,5 °C em vez de 2 °C em relação à época pré-industrial, os resultados indicam que a exposição global à malária e dengue é 10% mais baixa com o valor de 1,5 °C.

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