Linha de Emergência Social recebeu 5000 chamadas nos primeiros três meses do ano

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 A Linha Nacional de Emergência Social recebeu 4985 chamadas nos primeiros três meses do ano, menos do que em igual período de 2009, uma descida que pode dever-se à melhor “resposta preventiva” das instituições, segundo os responsáveis pelo serviço. Entre janeiro e março, a Linha contabilizou 4985 chamadas contra 5786 nos primeiros três meses do ano passado. Do total deste ano, 578 são processos de emergência. “Não consigo apontar uma razão objetiva para a diminuição, com alguma expressão, de casos sinalizados. Pode ter a ver com o facto de que, à medida que o tempo passa, as instituições que respondem vão avançando na sua capacidade de dar resposta”, disse à agência Lusa o presidente do Instituto da Segurança Social (ISS). Edmundo Martinho acrescentou que “todos estes instrumentos tendem a ser cada vez menos procurados. Quanto melhor funcionarem os serviços, quanto maior for a capacidade de prevenção, menos é necessária a intervenção” de alternativas como a linha de emergência. Também o número de pessoas apoiadas registou uma quebra, passando de 1326 nos três primeiros meses de 2009 para 925 este ano. Entre os telefonemas atendidos pelos técnicos da Linha, 43 por cento são classificados de “não úteis”, ou seja, “não correspondem a situações de emergência” e alguns são “brincadeira”, referiu Edmundo Martinho. As situações de emergência ocorrem sobretudo nos grandes centros urbanos. Lisboa contabiliza 31 por cento dos processos e o Porto 21 por cento. Segue-se Faro, com 11 por cento. Registam-se mais pedidos de ajuda para casos de emergência como “violência em contexto doméstico”, seguidos das situações de desalojamento, ausência ou perda de autonomia, sem-abrigo e crianças ou jovens em perigo. O presidente do ISS explicou que “as situações com idosos são aquelas que originam mais intervenções chamadas de crise. Têm a ver com a perda de autonomia devido a doença, com saúde mental. As pessoas perdem-se, não sabem quem são”. Já os casos relativos a crianças “tendem a diminuir” porque o sistema de proteção de crianças e jovens “está mais ágil, mais eficaz”. Antes dos casos sinalizados seguirem para a esfera das entidades com responsabilidade direta, desde polícias a outras das áreas da saúde ou da segurança social, é preciso cuidar das pessoas e acautelar que ficam tratadas e abrigadas. É este papel de intervenção “transitória, mas imediata” e de ligação com as instituições, quando necessário, que é desempenhado pela Linha Nacional de Emergência Social, 24 horas por dia, todos os dias. “É um instrumento de combate à exclusão na linha das intervenções de emergência que tem vindo a consolidar-se”. Procura estar “ao serviço de qualquer cidadão, seja o próprio em situação de particular risco, seja de outro cidadão que queira sinalizar” casos em que há situação de risco para a integridade ou conforto, “em termos extremos”, resumiu Edmundo Martinho.

EA

Lusa/JA

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*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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