Livro de Martins Coelho sobre a luta dos Vilarrealenses pela democracia

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A Biblioteca Vicente Campinas apresentou no dia 29 de novembro o livro “Para memória – Para que não fiquem esquecidos os Vilarealenses que lutaram pela democracia que hoje desfrutamos”, do autor Martins Coelho, publicado pela Editora Guadiana. Um livro que retrata a luta dos habitantes de VRSA contra o regime fascista.

Nesta obra são referidos nomes de diversos Vilarrealenses que foram detidos e perseguidos pela PIDE, como António Vicente Campinas, Manuel dos Santos Cabanas, António Aleixo, entre outros. O autor revelou os nomes dos conterrâneos, os locais e o modo como foram oprimidos pelo regime de Salazar, contendo uma lista de 120 pessoas que lutaram pela democracia.

No livro estão também presentes fotografias que testemunham como era Vila Real de Santo António naquele tempo, com as fábricas, a frota piscatória, o porto e os estaleiros. O autor recorda como era o regime fascista, a censura, as prisões. No livro Martins Coelho mostra a biografia de alguns presos políticos Vilarrealenses, fichas de presos pela PIDE de VRSA, conta também a verdadeira história de “María la Portuguesa” e do papel da mulher no Estado Novo.

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No painel da apresentação deste livro esteve também presente, Carlos Brito, o qual referiu que nesta obra estão recordações de pessoas corajosas que foram perseguidas, pessoas cujos nomes estavam esquecidos. Mencionou que durante o período fascista havia os bufos que eram pagos pelas informações, mas davam também denúncias falsas para ganhar mais dinheiro (eram pagos à peça). As prisões, a tortura, a lista de assassinatos eram algo que amedrontava toda a população.

O autor deste livro, António Martins Coelho nasceu em Olhão, mas viveu a sua infância e parte da sua adolescência em VRSA. Aderiu ao PCP em 1969, foi militante antifascista destacando-se pela sua luta contra o regime de Salazar, participou em diversas atividades antifascistas. Em 1973 foi preso pela PIDE, permanecendo em Caxias até ser libertado. Em 1986 foi para o parlamento Europeu, em 1998 regressou a Portugal e pouco tempo depois abandonou o PCP. Atualmente defende as questões ambientais e seus ideais.

Carmo Costa

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