Louçã acusa o Governo de “dar o dito por não dito”

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O líder do Bloco de Esquerda acusou ontem o primeiro ministro e o presidente do PSD de terem feito um acordo que provocará uma redução em cinco por cento dos salários e das pensões de reforma até 2013.

“O acordo chama-se Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e diz que não haverá nenhum aumento para os salários, mas haverá aumento de impostos”, disse Francisco Louçã ao discursar ontem à noite num comício em Lagos.

Segundo o líder bloquista, o aumento da “inflação e das taxas de IVA e IRS irão reduzir em cerca de cinco por cento os salários e uma parte das pensões das pessoas que já estão a ser penalizadas com a crise económica”.

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No seu discurso, Louçã não poupou críticas ao Governo e ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, nas medidas anunciadas para fazer face à crise económica, que, considera, “penalizam ainda mais as famílias da classe média”.

Franciso Louçã afirmou também que o “recuo” da ministra do Trabalho, ao dar sábado o dito por não dito sobre o aumento dos salários, deve-se ao PEC “acordado” entre o primeiro ministro José Sócrates e Pedro Passos Coelho.

“Reina a confusão no Governo, onde os ministros anunciam determinadas coisas e mais tarde vêm dar o dito por não dito”, recordando a proposta de revisão Constitucional feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e mais tarde desmentida, “porque José Sócrates lhe deu um puxão de orelhas”.

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