Loulé aprova criação da Reserva Natural da Foz do Almargem e do Trafal

ouvir notícia

A Câmara Municipal de Loulé, para proteger os ecossistemas e o património ambiental e natural do concelho, aprovou em sessão camarária a proposta de intenção de criação da Reserva Natural Local da Foz do Almargem e do Trafal, anunciou a autarquia.

“Agimos local, mas pensamos global e, como tal, queremos dar o nosso contributo para que, até 2030, possamos ter no planeta cerca de 30% da sua área com qualquer tipo de estatuto de proteção”, refere o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo.

A área proposta a receber a classificação está localizada na freguesia de Quarteira, no limite sudeste da faixa litoral e abrange cerca de 135 hectares.

- Publicidade -

Esta zona é atravessada pelas ribeiras da Fonte Santa ou do Almargem e do Carcavai, constituindo “uma das importantes zonas húmidas do Algarve”, segundo o comunicado.

A área é área “extremamente rica em vida selvagem, nomeadamente em espécies com estatutos de proteção elevados”, de acordo com um estudo realizado pela associação Almargem, em 2019.

A Foz do Almargem e Trafal inclui, pelo menos, 214 espécies de flora autóctone, nove habitats naturais, 235 espécies de fauna, 137 espécies de avifauna, 26 delas ameaçadas e 94 espécies de insetos.

A Câmara Municipal de Loulé pretende assim “assumir uma gestão integrada e transversal desta área, privilegiando a proteção e valorização dos recursos e dos sistemas naturais, salvaguardando a biodiversidade do local bem como a preservação dos valores paisagísticos, culturais e sociais”.

“As condições de habitabilidade do ser humano passam pela preservação das condições do meio ambiente e a nossa primeira responsabilidade é a transmissão da vida e do vivo às próximas gerações”, acrescenta o autarca.

A futura reserva pretende também ser “um travão” do possível crescimento imobiliário desregrado, que põe em causa ecossistemas sensíveis e cujas áreas funcionam como barreiras contra catástrofes naturais.

Com esta proposta, a autarquia tem como objetivo promover práticas educativas e científicas, incentivando a participação ativa das comunidades, promovendo ainda o uso sustentável do território a nível turístico, desportivo e de lazer.

Nos próximos meses, a autarquia vai trabalhar no regulamento para a gestão desta reserva local, seguindo-se uma fase de consulta pública para aprovação final na Assembleia Municipal, num processo que poderá levar cerca de nove meses.

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.