Loulé: Está aí mais uma edição do “Som Riscado”

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Rodrigo Leão

Concertos visuais, ‘performances’, exposições, instalações interativas, formação e debates integram a programação da edição deste ano, que se realiza nos dias 4 e 5 de abril

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Rodrigo Leão Ensemble, João Paulo Esteves da Silva Trio, Nova Orquestra Futurista do Porto, Tiago Pereira, Triktopus e outros tantos músicos, realizadores, fotógrafos, ‘performers’ e atores são os protagonistas da terceira edição do Som Riscado – Festival de Música e Imagem de Loulé, agendada para os dias 4 e 5 de abril.

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O Festival Som Riscado regressa, assim, a Loulé com concertos visuais, performances, exposições, instalações interativas, formação e debates para fomentar cruzamentos e diálogos criativos entre os universos da música e da imagem, bem como para apresentar abordagens exploratórias e experimentais, de cariz contemporâneo, em torno da arte do som. Terá como epicentro o Cine-Teatro Louletano, a terceira edição realiza-se entre os dias 4 e 8 de abril e já tem o programa fechado.

Concertos e performances audiovisuais

“Som Temperado” é o espetáculo de abertura do festival, a ter lugar no dia 4 de abril, pelas 19h00, no Cine-Teatro Louletano. Trata-se de um desafio inédito lançado pelo projeto Loulé Criativo àquela estrutura. O produtor musical Miguel Neto mistura os sons do objeto que dá nome ao prato (a cataplana) com as sonoridades da sua construção pelos Caldeireiros de Loulé, e ainda com os sons da confeção pelo chefe de cozinha do restaurante Tertúlia Algarvia. A componente imagética deste concerto visual ficará a cargo de Miguel Ângelo.

A 5 de abril, quinta-feira, pelas 21h30, no mesmo palco, a Nova Orquestra Futurista do Porto, em absoluta estreia a sul, evoca a breve aventura que foi o “Futurismo Português” e os seus autores, salientando o ato libertário da utilização de todos os sons em contextos musicais. O espetáculo, intitulado “Autópsia de um Futurismo Português”, conta com a participação especial do ator Vítor Correia.

Rodrigo Leão, acompanhado por um cantor convidado, uma formação ancorada num naipe de cordas (violino, violoncelo e viola) e um multi-instrumentista que reproduzirá em palco os ambientes sonoros das gravações originais de “Os Portugueses”, atua na noite de 6 de abril, pelas 22h00, na mesma casa. “Os Portugueses” é um concerto visual que assenta numa versão revista e atualizada dos temas instrumentais de Rodrigo Leão escritos para a série televisiva “Portugal, um Retrato Social”, cujas imagens serão projetadas no decorrer do espetáculo.

O concerto visual de sábado, 7 de abril, resulta de uma encomenda do Cine-Teatro Louletano ao prestigiado trio de João Paulo Esteves da Silva, cuja abordagem “jazzística”, assente na improvisação, se aliará ao universo das artes visuais, neste caso a um conjunto de fotografias do músico Bernardo Sassetti que integram a exposição “…e ainda por cima está frio”.

Igualmente resultante de uma encomenda do festival, no dia 8 de abril, pelas 18h30, acontece um concerto visual que junta os Triktopus (João Frade, Marco Santos e Diogo Duque), cuja sonoridade é de forte influência étnica, jazzy e de recurso a elementos eletrónicos, loops, samples e partes vocais, ao desenho experimental em tempo real de Pedro do Vale.

Instalações interativas

Disponível durante todos os dias do festival, entre as 10h00 e as 18h00, o Som Riscado oferece, aos vários públicos (crianças, jovens e adultos) “No Human Device #4”, a quarta de uma série de instalações interativas onde são exploradas diferentes interfaces audiovisuais pelo projeto Boris Chimp 504. A instalação inaugura a 5 de abril, pelas 18h30, na Casa da Cultura de Loulé, no Parque Municipal.

Já a instalação interativa “Atlas de Instrumentos Utópicos”, a cargo da Sonoscopia (Porto), é uma proposta que explora alternativas e possibilidades sonoras e instrumentais usando diversos elementos: eletricidade, eletrónica, eletromagnetismo, água, entre outros. Terá lugar também de 4 a 8 de abril, no Auditório do Convento do Espírito Santo. No dia de encerramento haverá ainda lugar, dinamizada pela mesma companhia, para a construção de instrumentos utópicos/orquestra de balões num workshop que requer inscrição prévia.

Debates e conversas

No dia 6 de abril (sexta-feira), pelas 18h30, Rodrigo Leão (músico), Ivan Dias (produtor/realizador) e Joana Pontes (realizadora) discutem “Da Imagem à Música: Labirintos e Fascínios do Processo Criativo”.

No dia seguinte, a 7 de abril, sábado, pelas 16h00, Raquel Castro modera o debate entre Gustavo Costa (projeto “Phonanbient”), Carlos Norton (projeto “Aspa – Arquivo Sonoro Paisagístico do Algarve”), Tiago Pereira (projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria) e Pedro Glória (projeto “Sonda” e outros), o qual se centra em torno do tema “Paisagens e Cartografias Sonoras: Da Recolha à Reinvenção Artística das Identidades Locais”.

Ainda no que respeita à componente reflexiva, no dia 6 de abril, às 21h30, o músico João Paulo Esteves da Silva, a docente universitária Miriam Tavares e a fotógrafa e colaboradora da Casa Bernardo Sassetti Cláudia Varejão, desafiados pela organização do evento, conversam sobre o legado fotográfico do músico Bernardo Sassetti, bem como sobre o processo criativo subjacente ao concerto visual de João Paulo.

A exposição de autorretratos de Sassetti “…e ainda por cima está frio” inaugura horas antes, às 18h30, no Cine-Teatro Louletano.

O enfoque na componente formativa, sempre com uma atenção especial a propostas interdisciplinares inovadoras dirigidas a crianças e famílias, ganha também forma no concerto de música eletrónica para bebés com a convidada especial SURMA e a Companhia Musicalmente, no Auditório da Escola Secundária de Loulé, com sessões às 10h00 e 11h30 do dia 7 de abril, sábado.

Tendo o Cine-Teatro Louletano como principal palco, o Som Riscado envolve vários espaços da cidade nas suas atividades, bem como diversos parceiros institucionais do concelho de Loulé e da região algarvia.

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