Loulé homenageia Salgueiro Maia

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Chegada de chaimite à cidade, este sábado, será um dos pontos altos das celebrações do 25 de Abril, que começaram na quinta-feira

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A chegada de uma chaimite à cidade de Loulé, amanhã, sábado, 26 de abril, pelas 10h30, vai marcar o início da homenagem que a Câmara Municipal de Loulé e a Comissão Concelhia dos 40 anos do 25 de Abril irão prestar a Salgueiro Maia, um dos nomes mais marcantes da Revolução dos Cravos.

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Com o objetivo de criar o ambiente que se viveu nas ruas de Lisboa há 40 anos, esta chaimite fará um percurso pelas principais artérias da cidade – entrada pela Av. Andrade Sousa, Largo de São Francisco, Rua da Barbacã, Praça da República, Avenida José da Costa Mealha, Rua José Afonso e Largo Salgueiro Maia onde será prestada homenagem ao grande Capitão de Abril.

No local estará exposto um painel com a imagem desta emblemática figura da Revolução e as bandeiras de todas as freguesias do Concelho de Loulé e da Comissão Concelhia das Comemorações dos 40 anos do 25 de Abril. Um momento simbólico que pretende enaltecer a coragem e tenacidade de Salgueiro Maia.

Fernando José Salgueiro Maia nasceu em 1944, em Castelo de Vide. Depois de frequentar a Academia Militar e a Escola Prática de Cavalaria, desempenhou funções de alferes-comando em Moçambique, durante a Guerra Colonial. Em 1973 iniciam-se as reuniões clandestinas do Movimento das Forças Armadas e, Salgueiro Maia, como Delegado de Cavalaria, integra a Comissão Coordenadora do Movimento.

Depois do 16 de Março de 1974 e do Levantamento das Caldas, já com o posto de Capitão, na madrugada de 25 de abril de 1974, dirigiu as tropas revolucionárias de Santarém até Lisboa, tornando-se uma das figuras-chave do golpe. Tomou os ministérios do Terreiro do Paço e o quartel da Guarda Nacional Republicana, no Carmo, onde estava refugiado o chefe do Governo, Marcelo Caetano, que se lhe rendeu, escoltando-o ao avião que o transportaria para o exílio no Brasil. Assim se deu a queda do Estado Novo.

A revolta militar desencadeada pelo Movimento das Forças Armadas derrubou o regime praticamente sem o emprego da força e sem provocar vítimas. Os dois únicos momentos de tensão foram protagonizados pelo próprio Salgueiro Maia: o primeiro foi o encontro com um destacamento de blindados, até então obediente ao Governo, resolvido quando estas tropas tomaram posição ao lado dos revoltosos; o outro ocorreu quando o capitão mandou abrir fogo sobre a parede exterior do quartel da GNR.

Após o 25 de Abril, Salgueiro Maia retomou modestamente o rumo da sua carreira militar, recusando todas as honras que o regime democrático lhe quis atribuir. Faleceu em 1992, no Hospital Militar de Belém, mas a sua memória continua bem presente no País.

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