Loulé investe 16 milhões em projeto inovador de saúde

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Foi tornado público, no passado sábado, no Cine-Teatro Louletano, o projeto ABC Loulé Active Life que prevê um investimento de 16 milhões de euros para promover projetos nacionais de investigação científica, atrair médicos e melhorar os cuidados de saúde na Região.

Este projeto surge na sequência da celebração, o ano passado, de um protocolo, entre o município de Loulé e o Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve – ABC (Algarve Biomedical Center), consórcio que reúne o Centro Hospitalar Universitário do Algarve e a Universidade do Algarve.

A apresentação foi feita no âmbito da cerimónia comemorativa do 10º aniversário do Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Algarve e da homenagem aos primeiros médicos especialistas diplomados por esta instituição, que contou com a presença de Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Raquel Duarte, secretária de Estado da Saúde.

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Como explicou Vítor Aleixo, presidente da edilidade louletana, este é um projeto realizado em ”prol da ciência e com o intuito de resolver várias lacunas existentes há décadas nesta região, relacionadas com a investigação, proporcionar os melhores cuidados de saúde daqueles que aqui residem, e dos milhares de turistas que nos visitam todos os anos e esperam encontrar no Algarve a garantia de segurança e qualidade a todos os níveis durante a sua férias”.

O ABC – Loulé Active Life Health & Research, marcado pela inovação, contempla a conceção e construção de dois edifícios, localizados estrategicamente no Concelho de Loulé: o ABC Loulé Health Research Center, em Loulé, e o ABC Loulé Active Life, em Vilamoura, ambos enquadrados em Instalações, modernas, com ausência de impacto ambiental.

O ABC Loulé Active Life Health & Research encerra diversas componentes e objetivos, demonstrando desde logo uma aposta na investigação e formação, utilizando tecnologia de ponta, numa estratégia de competitividade regional e nacional, como explicou Nuno Marques, presidente da comissão executiva do ABC Por outro lado, visa também a descentralização de serviços de instituições de carácter nacional da área da saúde para o Algarve (INSA, INFARMED, IPST e SPMS), dos quais podemos destacar a criação de um Centro de Investigação de Entomologia Médica do Algarve (em colaboração com o INSA) que visa a investigação de doenças tão importantes como a malária, dengue ou zica que são transmitidas por mosquitos, o Banco Público Nacional de Células do Cordão Umbilical e a Seroteca Nacional em articulação com o IPST. Salienta-se também a existência do Centro Active Life que colocará cuidados de excelência de reabilitação ósteo-articular, muscular, cardíaca e respiratória ao dispor da população do município e do Algarve, para além de ser um projeto vocacionado para o turismo de saúde de alta qualidade que impulsionará a economia e combaterá a sazonalidade. São ainda objetivos a promoção da captação e fixação de recursos humanos na área da saúde no Algarve, a melhoria dos cuidados de saúde prestados. Este projeto levará à criação de mais de 150 postos de trabalho diretos e altamente diferenciados em Loulé, com grande benefício direto e indireto da população.

“É de crer que a realização deste projeto de tremenda importância regional e nacional contribua de forma decisiva para uma maior atratividade de jovens médicos e investigadores que serão absolutamente determinantes para a futura construção no Parque das Cidades, do Hospital Central de Faro-Loulé do Centro Hospitalar Universitário do Algarve”, sublinhou o autarca louletano, Vítor Aleixo, para quem este projeto constitui a maior oportunidade para o município se ligar “organicamente” à Universidade.

Para a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, “este projeto é estruturante e terá um grande impacto no desenvolvimento regional e nacional na área da inovação, investigação, formação e na melhoria dos cuidados de saúde”.

Por seu turno, Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, falou da “reprogramação de fundos comunitários” orientados para a competitividade e coesão territorial. “O nosso processo de convergência da média europeia só pode ser feito com mais conhecimento”, frisou este responsável.

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