O Partido Comunista Português denunciou vários problemas que o Centro de Saúde de Loulé está a atravessar, como a falta de médicos e de assistentes operacionais, através do envio de questões ao Governo, anunciou o PCP.
Segundo os deputados João Dias e Paula Santos, o Centro de Saúde de Loulé, além de ter “falta de médicos e de assistentes operacionais”, tem “carência de instalações e de viaturas para a prestação de cuidados e consultas domiciliárias”.
O grupo parlamentar alerta para a falta de seis assistentes operacionais naquele centro de saúde e considera que “não é a melhor solução para assegurar a qualidade do serviço prestado, já que, por um lado, o conteúdo funcional do Assistente Operacional no sector da saúde não se resume à mera limpeza das instalações, por outro tratam-se de postos de trabalho permanentes a que deverão corresponder contratos de trabalho efetivos”.
Existem ainda “vários problemas de incumprimentos contratuais por parte das empresas para com os seus trabalhadores, bem como a não substituição de trabalhadores nas suas faltas/baixas” naquele centro de saúde, segundo o PCP.
Em relação aos Médicos de Família, o PCP salienta que “no último concurso nenhuma das vagas que foram abertas foi ocupada, deixando assim” mais de 15 mil utentes sem médico de família.
Segundo o partido, só em Almancil e em Boliqueime estão cerca de 8100 utentes sem médico de família, enquanto que Quarteira soma 4500 e em Loulé são 2500.
A falta de viaturas para prestação de cuidados e consultas ao domicílio foi também identificada pelo PCP, que alerta para uma situação que dura “há dois anos” e que “muitas consultas ao domicílio continuam a não ser feitas de acordo com o necessário”.
A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Almancil “continua a não corresponder às necessidades dos profissionais”, uma vez que a “sala de refeições e descanso dos profissionais continua a ser num vão de escadas” e “as obras previstas para nesta unidade ainda não avançaram”, referiu o partido.
O PCP recorda ainda que a Unidade de Saúde Familiar de Almancil “está instalada em contentores, “provisoriamente” há cerca de 10 anos”.
Todos estes problemas foram identificados uma reunião que decorreu em fevereiro entre o Partido Comunista Português e a diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde Algarve I – Central, Dra. Sílvia Cabrita e o vogal do Conselho Clínico e da Saúde do ACES central, Dr. Filipe Figueiredo.