Macário Correia lamenta “falta de diálogo” na transferência da final da Taça da Liga

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O presidente da Câmara Municipal de Faro, Macário Correia, mostra-se surpreendido com a transferência da final da Taça da Liga de futebol do Algarve para Coimbra e lamenta a “falta de diálogo” da Liga.

“Acho estranho, na medida em havia um acordo com a Liga em relação à organização das finais da Taça da Liga, mediante o qual estava consagrado na anterior presidência que o estádio do Algarve continuaria a ser o palco para esse evento”, disse Macário Correia à Agência Lusa.

Para o presidente da autarquia da capital do Algarve, “era uma situação assumida e estabilizada”, razão pela qual foi “apanhado se surpresa”, tanto mais que, sendo ele presidente da Associação de Municípios do Algarve, estava disponível para “qualquer contacto, esclarecer dúvidas ou fornecer informações”.

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Nesta conformidade, Macário Correia disse não entender a afirmação do presidente da Liga, Fernando Gomes, que justificou hoje a transferência da final da Taça para o estádio Municipal de Coimbra, com o facto de ter “encontrado apoios nesta cidade que lhe faltaram no Algarve”.

“É um afirmação que me parece completamente destituída de diálogo ou de qualquer comunicação connosco”, acrescentou o responsável pela autarquia farense, alegando não ter tido conhecimento de qualquer diligência da Liga no sentido de comunicar com a Associação de Municípios do Algarve.

Além disso, alega que o Algarve “sempre colaborou com a maior lealdade” com a Liga e que foi entendimento desta que “a região merecia essa atenção, mais ainda num período do ano que é importante para o turismo”.

Macário Correia argumenta, ainda, que a Liga “sempre teve excelentes garantias” e que o Estádio do Algarve “continua a reunir as mesmas condições e requisitos” para realizar a final da Taça da Liga, razão pela qual encarava a organização deste ano “como um dado adquirido”.

“Ninguém da Liga pôs isso em dúvida ou invocou qualquer condição ou dificuldade para que tal não acontecesse”, observou Macário Correia, que esperava que Fernando Gomes tivesse tido a iniciativa de o contactar, o que seria “o mínimo numa relação ética entre instituições”.

Contactada pela Agência Lusa, uma fonte da Liga afirmou que esta sempre contou, da parte das câmaras de Faro e Loulé, com “toda a compreensão e carinho” em relação à prova, mas alegou que esse apoio “nunca foi extensivo ao turismo do Algarve”.

“No decurso da última edição fomos dizendo que, se as coisas continuassem assim, iríamos ponderar a mudança do local da final”, lembrou a mesma fonte, para quem a Liga “sempre reconheceu o papel das autarquias de Faro e Loulé”, nomeadamente dos seus “anteriores e atuais presidentes”.

No entanto, contrapõe que a Liga, “em termos práticos, sempre arcou com todas as responsabilidades de organização, policiamento, promoção e mudanças de relvado” e que nunca sentiu “qualquer aproximação das entidades que promovem o turismo do Algarve”.

JA/AL

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1 COMENTÁRIO

  1. Mais uma machadada no “elefante branco”, que é aquela “caravela” sem rumo e com falta de pano na vela para navegar que é o chamado “Estádio do Algarve”. Melhor seria que lhe chamassem o mau “Estado do Algarve”, na mão dos políticos.

    A câmara de Faro, também ela sem dinheiro, ainda se surpreende que os organizadores venham dizer que nunca sentiram apoios de forma a rentabilizar o evento. A Liga não vive de hipotéticas promessas. A Liga vive de realidades, porque sabe da materialidade de gerir uma organização com cabedais próprios e não alheios, i.e., não vive à custa do contribuinte, para além dos seus “sponsors”. E estes querem vêr resultados, público e promoção à altura dos seus desejos. Se não, nada feito.
    É hora da Câmara Municipal de Loulé, pôr ordem naquela casa, que é aquele pequeno monstro delapidador de receitas públicas e pensar numa alternativa para todas aquelas infraestruturas, que podem ser utilizadas num outro projecto que seja mais útil à comunidade, e neste caso a louletana, porque segundo a voz do povo, a Câmara de Faro, não cumpre com as suas obrigações financeiras a que está obrigada. Compreendemos, que uma Câmara, como é o caso de Faro, que, se não tem dinheiro para honrar os seus compromissos de outra ordem, não possa deslocar dinheiro para “futebóis”. Mas agora que o snr. Eng.º Macário venha fazer figura de ingénuo e surpreso, mais uma vez esse papel não lhe assenta muito bem, nomeadamente junto da opinião pública, que de todo não será completamente “tonha”. O Snr. eng.º tem de cuidar melhor da sua imagem junto do senso comum, que somos nós todos algarvios, e não gostamos que nos façam festas na cabeça desta maneira. E já agora, também de outras, relativamente à manifestação das portagens. Estes últimos dias têm sido horríveis para o Snr. Eng.º em matéria de saídas infelizes. Para já não falarmos das hortas a distribuir pelos farenses para eles irem cultivar nabiças. Ó snr. Eng.º, não queira fazer de nós, mais nabos do aquilo que nós já somos nas vossas mãos de políticos.

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