Macário Correia trava portagens na Via do Infante

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Macário Correia, presidente da AMAL e da Câmara de Faro

Macário Correia diz que não há condições políticas para introduzir portagens nas SCUT, em particular na Via do Infante. E recorda que o travão é para o PS… e para o PSD.

“Entendo que o Governo está fragilizado mas resta ver se esta é uma medida consciente ou se é uma medida de oportunismo eleitoral, mascarada de impedimento jurídico, porque o Governo estava cheio de determinação e convicção, de imposição de uma forma até pouco democrática até há dias”.

É desta forma que Macário Correia, presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, reage à notícia de que o Governo poderá estar a preparar-se para ‘congelar’ a introdução de portagens nas quatro SCUT que faltavam, incluindo a Via do Infante, no Algarve.

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A decisão, segundo fonte governamental, prender-se-á com uma alegada questão jurídica, a de saber se um Governo de gestão terá formalmente competências para decidir sobre a matéria. Mas Macário Correia desconfia de que a atitude pode ter motivações eleitoralistas.

“Nós temos de ser sérios, coerentes, honestos e ter princípios. Quer o PS – Governo – quer o PSD recente entraram em contradição com aquilo que disseram ao longo de anos e espero que não sejam manobras de campanha eleitoral que estejam em causa, para depois das eleições voltar a conversa ao mesmo”, acrescenta o também presidente da Câmara Municipal de Faro.

Via do Infante já está (quase) paga

Não menosprezando o caso das outras SCUT, Macário Correia – que tem falado como porta-voz da Plataforma de Luta Contra as Portagens na Via Infante – insiste em afirmar que a autoestrada que cruza o Algarve não configura um caso idêntico ao das outras rodovias a Norte.

“Ao contrário das outras SCUT – e respeito os argumentos de outras pessoas que têm reivindicado os seus interesses e direitos -, a Via do Infante foi paga por fundos comunitários há mais de 20 anos, está paga na sua essência”, diz.

“O que no outro dia o secretário de Estado dizia é que queria vir aqui buscar 15 a 20 milhões de euros aos bolsos dos algarvios para levar para o resto do país, para outras obras que não têm rentabilidade”, critica Macário Correia, acenando com a maior taxa de desemprego a nível nacional e com a crise que a região atravessa como argumento para evitar maiores sacrifícios à população.

JA/Rede Expresso
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