Madaya. Crónica de cinco mortes (de fome) anunciadas

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As piores previsões confirmam-se: só na semana passada, cinco pessoas morreram de fome na cidade síria de Madaya, sitiada pelas tropas de Bashar al-Assad desde julho passado. A informação é adiantada por um relatório das Nações Unidas e vem confirmar o que já se sabia: as duas colunas de ajuda humanitária que chegaram a Madaya desde outubro não foram suficientes para evitar o pior desfecho.

De acordo com os trabalhadores humanitários que se encontram naquela cidade, controlada por rebeldes que se opõem ao regime sírio, só no último mês já terão morrido de fome 32 pessoas. A ONU adianta que há dezenas de pessoas em risco de vida que precisam de cuidados médicos imediatos.

A notícia é trágica mas não surpreende: na semana passada, o chefe para os Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Stephen O’Brien, falou à BBC da situação crítica que se vivia em Madaya para avisar que cerca de 400 dos habitantes da cidade que faz fronteira com o Líbano precisariam de receber tratamento médico.

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“Temos de encetar esforços o mais rapidamente possível para fornecer tratamentos médicos. Caso contrário, estas pessoas estarão em perigo de morte, seja por passarem fome ou por outras complicações de saúde”, frisou O’Brien na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas em que se discutiu a crise de Madaya, que tem mais de 42 mil habitantes.

450 mil presos em 15 cidades

Na passada quinta-feira foi a vez de o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pedir às partes envolvidas no conflito sírio, particularmente ao Governo de Assad, para pararem de cometer estas “atrocidades”.

De acordo com informações avançadas pela ONU e citadas pelo “The Guardian”, há aproximadamente 450 mil pessoas presas em 15 cidades sírias sitiadas seja pelo Governo, pelos rebeldes ou por militantes do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh).

(Rede Expresso)

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