O Algarve está a registar este ano mais acidentes, mortes e feridos graves. Entre 1 de janeiro e 15 de junho morreram 15 pessoas nas estradas, mais duas do que no mesmo período de 2014. Já na última semana faleceram mais quatro pessoas no despiste do autocarro na Via do Infante, que ainda não estão contabilizadas nas estatísticas. Também no número de acidentes regista-se um agravamento em 2015. A média deste ano é de 22 desastres por dia…!
Quatro turistas holandeses perderam a vida na Via do Infante, na semana passada, na sequência do despiste de um autocarro da Frota Azul, que capotou junto a Albufeira. O acidente provocou ainda três dezenas de feridos.
Poucos dias depois, um outro autocarro, da Renex, que partiu de Lagos, acabaria por se despistar já fora do Algarve, na zona de Almodôvar, na A2, provocando três vítimas mortais.
Estes acidentes ainda não estão contabilizados no último relatório da sinistralidade divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que, mesmo assim, já aponta para uma inversão da tendência de redução continuada que se vinha verificando na região nos últimos anos.
Segundo apurou o JA, entre 1 de janeiro e 15 de junho de 2015, morreram 15 pessoas nas estradas algarvias, mais duas do que no ano passado e mais três do que em 2013. Aqui não estão ainda contabilizados os quatro turistas mortos na semana passada na Via do Infante.
Mais acidentes na estrada nacional
Este ano, os acidentes rodoviários provocaram também 65 feridos graves, mais 17 do que em 2014, indica a ANSR, referindo que se registaram neste período 3.641 desastres (à média de 22 por dia), mais 414 que no ano anterior.
Atendendo aos números oficiais da ANSR, que reúne os dados da PSP e GNR, o cenário fica ainda mais negro para o Algarve se contabilizarmos o último ano, ou seja, entre 16 de junho de 2014 e 15 de junho de 2015. Neste período, o número total de vítimas mortais ascende às 31, contra as 22 verificadas no ano anterior.
A maioria destes acidentes acontece na estrada nacional 125, que, por estes dias, está cada vez mais congestionada.
Já na Via do Infante, que perdeu metade do tráfego desde a introdução das portagens, em dezembro de 2011, os acidentes são menos comuns. Por isso, a tragédia com o autocarro dos turistas holandeses foi um dos piores acidentes que há memória nesta via, que apenas ficou completa até Lagos em 2003.
Entretanto, os responsáveis pelo turismo algarvio já destacaram a “resposta eficaz” dos meios de socorro, assim como a assistência prestada às vítimas do acidente na Via do Infante.
Apesar de algumas notícias contraditórias, um porta-voz do operador turístico holandês também destacou “o acolhimento dos feridos nos hospitais algarvios” e realçou a importância de poderem contar com um sistema de socorro “muito bom”.
Nuno Couto/JA
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