Mais de 25 enfermeiros do CHUA pedem escusa de responsabilidades

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Em causa está a falta de condições mínimas, em termos de número de profissionais nas escalas, que induzem riscos graves para a segurança dos utentes, profissionais e para a qualidade dos cuidados no CHUA. 

“É o acumular de várias situações, que se repetem um pouco por todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde”, refere Pedro Costa, do sindicato.  

O dirigente acrescenta que em Faro “as queixas que nos foram comunicadas por um conjunto de enfermeiros da Urgência de Pediatria do Hospital de Faro reporta uma enorme pressão sobre os recursos técnicos e humanos disponíveis, devido à existência de dois circuitos de atendimento do utente pediátrico (respiratório e não respiratório), bem como um quadro de recursos humanos manifestamente inferior às necessidades, face à criação destes dois circuitos”. 

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Pedro Costa diz que ao Sindicato dos Enfermeiros foram ainda comunicadas queixas referentes a uma constante diminuição do número de enfermeiros escalados, alocados no acompanhamento dos utentes que necessitam de internamento na Unidade de Portimão do Centro Hospitalar. 

Outra das queixas é a manutenção de funcionamento da urgência de pediatria sem a presença de um pediatra, bem como a manutenção de funcionamento da urgência de pediatria com recurso exclusivo a profissionais médicos exteriores ao departamento, sem conhecimento dos protocolos da instituição, das aplicações informáticas ou dos circuitos do utente.  

“Estes enfermeiros têm de continuar a exercer a sua profissão, dando o melhor de si para prestar os melhores cuidados possíveis aos doentes face às condições existentes”, refere Pedro Costa, acrescentando que “a entrega da Declaração de Exclusão de Responsabilidades é, sobretudo, um grito de alerta para a falta de condições existentes nestas duas unidades hospitalares”. 

O presidente reitera a necessidade de “serem criadas condições para que as administrações hospitalares possam contratar os recursos de que necessitam sem terem de estar constantemente dependentes da aprovação do Ministério da Saúde”.  

“Não podemos estar dependentes de contratações pontuais ou para suprir necessidades de curtos espaços de tempo, pois isso não gera rotinas nem contribui para melhorar os níveis de desempenho e diminuir os riscos de erro”, diz Pedro Costa. 

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