Os confrontos na Turquia levaram à detenção de mais de 900 pessoas. A União Europeia já criticou o uso da força contra os manifestantes.
Depois dos violentos confrontos de sábado com as forças de segurança, Istambul acordou hoje mais calma mas os manifestantes continuam a ocupar a Praça Taksim, de acordo com a CNN.
Ao fim de 36 horas de protestos, os turcos ergueram barricadas improvisadas na entrada da praça Taksim, que é simbólico para os partidos de esquerda, e continuam a pedir a demissão do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan.
Aos protestos nas ruas de Istambul juntaram-se manifestações em cidades como Boston, Londres, Barcelona e Amesterdão para expressar solidariedade com a revolta, escreve o jornal “The Guardian”.
A vaga de contestação na Turquia começou com um protesto para salvar um parque no centro de Istambul, mas alargou rapidamente a outras cidades e tornou-se numa contestação ao Governo conservador de inspiração islâmica do Partido Justiça e Desenvolvimento.
A União Europeia já veio criticar, pela voz da chefe da diplomacia externa, Catherine Ashton, o uso “desproporcionado” da força por parte da polícia turca contra os manifestantes.
Mais de 900 pessoas foram detidas e há registo de, pelo menos, 79 feridos. A Amnistia Internacional diz que duas pessoas morreram.