Há muitos anos que existem pessoas a defender que a hora de verão deveria manter-se o ano inteiro. Eu sou uma dessas pessoas. Na prática, é ter mais uma hora de sol final da tarde e menos uma no início da manhã.
Porquê defender esta ideia? Porque está mais gente acordada no final da tarde do que no início da manhã. A meu ver, isso tem efeitos benéficos que, nomeadamente, em termos económicos, de saúde e ecológicos. Mais à frente do artigo, irei escrever mais sobre as vantagens.
Não posso garantir a 100 por cento que a ideia sem se fazer a experiência. Acho que muito provavelmente seria boa para o Algarve o resto do país. Julgo que um passo inicial seria a assembleia da República formar uma comissão de especialistas de diferentes áreas (como um economista, médico e ecologista) para avaliar a ideia e dar-lhe um prazo para tomar uma decisão. Caso a resposta seja “Sim” avançar com o horário de verão para os seis meses que têm, atualmente, o horário de inverno.
Que vantagens pode ter a manutenção do horário de verão o ano todo? Como mais pessoas estão acordadas no final da tarde do que no início da manhã, poupanças a nível da eletricidade. Muitas pessoas acenderiam, por exemplo, as lâmpadas das suas casas uma hora mais tarde.
A economia de energia elétrica seria teria, por exemplo, consequências a nível ecológico. Como se gastaria menos energia elétrica, também seria reduzida a poluição causada pela sua produção.
Outra provável vantagem seria em termos de saúde. Apanhar sol (sem exageros) é bom para a saúde. Por exemplo, apanhar sol contribui para nós, humanos, termos menos depressões e problemas de saúde nos olhos.
Após os seis meses de manutenção do horário de verão nos seis meses que costumam ter o de inverno, a experiência deveria ser avaliada. Caso tivesse sido positiva, a assembleia tornar o horário de verão a norma para o ano inteiro. No caso de ser negativa, voltar tudo à estaca zero.
A experiência do horário de verão o ano inteiro é uma experiência, claramente do meu ponto de vista, a ser feita. Se não resultar, perdemos pouco – é um ano e podemos facilmente voltar para trás. Se resultar, passaremos a colher os “frutos” todos os anos daí para a frente.
Ivo Dias de Sousa
professor da Universidade Aberta – [email protected]