Dez dias após a morte de Manuel Caldeira, a memória e os feitos deste antigo jogador algarvio – contemporâneo dos cinco violinos – ainda são recordados em todo o país.
O antigo defesa central (natural de Vila Real de Santo António), que começou a sua carreira na época de 43/44, ao serviço do Lusitano local, faleceu no passado dia 9 de agosto, no Hospital de Faro, aos 87 anos de idade.
Manuel Caldeira jogou na equipa algarvia até à temporada 49/50, contribuindo para o período de maior fulgor do clube, que contabilizou três presenças na 1.ª Divisão.
Aos 23 anos, transfere-se para o Sporting, onde viria a jogar nove épocas, somando cinco campeonatos nacionais e uma Taça de Portugal.
O jogo de estreia do antigo defesa pela equipa de Alvalade, a 17 de setembro de 1950, foi memorável, já que o Sporting venceu por 3-1 o eterno rival Benfica, num jogo disputado no Jamor.
Caldeira afirmou-se como titular indiscutível da defesa leonina durante as nove temporadas em que representou o Sporting, tendo realizado 217 jogos ao serviço do clube. Foi, ainda, três vezes internacional A na época de 1954/55.
Já com 32 anos de idade, regressou ao Algarve, onde ainda jogou no Portimonense (59/60 e 60/61) e no Silves (61/62).
Em 2003, Manuel Caldeira foi distinguido pelo Sporting com o Prémio Stromp na categoria ‘Saudade’.
No funeral, realizado na semana passada, foram várias as personalidades que fizeram questão de acompanhar Manuel Caldeira até à última morada, nomeadamente os diretores do Lusitano Futebol Clube e do núcleo de Vila Real de Santo António do Sporting Clube de Portugal.
NC/JA