Marcha dos indignados deixa 70 feridos e 12 detidos

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Pelo menos setenta pessoas ficaram feridas, três gravemente, e 12 foram detidas, quando a polícia de choque reprimiu os protestos deste sábado, em Roma, por ocasião da jornada dos “indignados”.

A polícia informou ter detido 12 pessoas e confiscou coquetéis molotov, barras de metal e pedaços de madeira.

Os incidentes ocorreram após o início do protesto, que reuniu dezenas de milhares de pessoas em Roma por ocasião do dia mundial dos “indignados” contra o desemprego e a voracidade do sistema financeiro mundial.

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Enquanto milhares de pessoas protestavam pacificamente, carregando cartazes que diziam “Apenas uma solução, a Revolução”, ou “Não somos bens nas mãos de banqueiros”, já no começo da marcha, desconhecidos quebraram as montras de bancos com placas de trânsito e depois fugiram. Vários carros foram incendiados.

Sob lemas como “Povos do mundo, levantem-se”, ou “Saiam às ruas, criem um novo mundo”, os “indignados” convocaram manifestações neste sábado em 951 cidades de 82 países, no primeiro dia de protesto planetário do movimento, que completa cinco meses desde o seu nascimento na Porta do Sol, em Madrid.

Em Washington, as manifestações reuniram milhares de pessoas, entre as quais representantes de sindicatos e defensores dos direitos civis, em protestos contra Wall Street e para pedir emprego e justiça.

No Canadá, mais de 300 ”indignados” reuniram-se ao meio-dia na praça Victoria, no centro de Montreal, instalados numa dezena de tendas de campismo, para responder à convocação mundial de protesto contra o sistema financeiro.

Em Madrid, cinco marchas partiram de diferentes bairros e dirigiram-se à famosa fonte das Cibeles e depois à Porta do Sol, símbolo desde 15 de maio que voltou a tornar-se dormitório do protesto na noite deste sábado.

Em Londres, onde ocorreram pequenos confrontos com a polícia ao meio-dia, cerca de 800 “indignados” reuniram-se na City e receberam o inesperado apoio do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Desde o surgimento do movimento, que teve início com um protesto de centenas de pessoas em Madrid no dia 15 de maio, os “indignados” e grupos de filosofia parecida, como “Ocuppy Wall Street”, querem fazer deste 15 de outubro um dia simbólico, reunindo-se diante de sedes financeiras como Wall Street, a City de Londres ou o Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt.

“Da América à Ásia, da África à Europa, as pessoas estão a levantar-se para lutar pelos seus direitos e pedir uma autêntica democracia”, acrescenta o manifesto do movimento. “Os poderes estabelecidos atuam em benefício de alguns poucos, ignorando a vontade da grande maioria”, segue. “É preciso pôr fim a esta intolerável situação”.

Em Portugal, milhares de pessoas também se manifestaram contra a política de austeridade do governo, sob a tutela da UE e do Fundo Monetário Internacional. Em Lisboa, cerca de 50 mil pessoas de todas as idades marcharam em direção ao Parlamento com gritos de “fora FMI”.

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