MARCO RODRIGUES

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Colaboradora. Designer.

 Voltar ao Algarve

 

Ainda que por breves instantes, voltei a uma realidade que há muito tinha esquecido. De tempos em tempos, importa beber um pouco de experiências anteriores e sentir velhas sensações.


Durante dois meses fui habitante da maior cidade Portuguesa: Lisboa.


A capital, com todos os seus encantos, e que qualquer turista poderá atestar (provavelmente) melhor que muitos Portugueses e até mesmo Lisboetas, é uma cidade de movimento.


Durante dois meses provei um pouco daquilo que foi a experiência de viver em Londres, uma das maiores cidades europeias.


Movimento é a palavra de ordem em cidades que nunca dormem. O ritmo é alucinante!
Acordar para trabalhar (literalmente) e nos intervalos, com um pouco de sorte, um passeio, um cinema, ou uma ida ao shoping para fugir à rotina.


Em cidades como estas, tudo se pode fazer mas pouco tempo sobra para fazê-lo: o castelo de S. Jorge, a Tower Bridge, as ruas da Mouraria ou Picadilly Circus, a Torre de Belém e a London Tower, o mercado da Ribeira ou o Covent Garden, a Gulbenkian ou o Science Museum… para elencar apenas algumas das pequenas relíquias que estas cidades albergam.


A correria nas ruas, as pessoas a ver montras e a fazer compras, o frenesim daqueles que com passo apressado connosco se cruzam ou mesmo o cheiro a castanha assada tão típico nesta altura do ano, tudo isto nos faz querer viver nestas cidades.


Ver pessoas/rostos diferentes todos os dias, poder visitar sítios diferentes, poder assistir a concertos, teatro, exposições… são todas vantagens que à partida nos podem atrair a estas metrópoles.
Há no entanto uma realidade “obscura” que valorizamos quando viajamos para o Algarve que um dia tive a ousadia de chamar de “nosso”: a paz e tranquilidade que a sul se vive.


Perder horas em filas de trânsito, não combinar com amigos saídas pelo facto de estarem a muitos minutos de distância, limitar as actividades extra-profissionais por “falta” de tempo!
A vida nas grandes metrópoles têm destas limitações que só aprendemos a dar valor quando delas nos conseguimos libertar.


Acabei de passar dois meses na metrópole, e com cada vez mais certeza afirmo que todos nós, que vivemos no Algarve, levamos uma vida santa, sem buzinadelas assim que um semáforo passa de vermelho para verde (mesmo que já se esteja a arrancar, há sempre alguém que julga que o não fizemos com a celeridade necessária), com a tranquilidade de uma ida ao supermercado sem filas na caixa para pagar (filas a sério) ou com a facilidade de poder ir à praia beber um café com um amigo (em qualquer altura do dia ou do ano).

Viva o Algarve!

*Licenciado em Economia
[email protected]

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