Maria João Sacadura candidata-se à Câmara de Lagos pelo PAN

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Maria João Sacadura é a candidata do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal de Lagos, anunciou o partido.

Defendendo o contributo de Lagos para reduzir a pegada de carbono, Maria João Sacadura considera que “deve haver uma redução na produção de energia elétrica com origem em fontes não renováveis, através da criação de um Plano para Produção de Energia Própria Combinada em todos os edifícios municipais e públicos, e da criação de um pacote municipal de apoio à micro-produção de energias renováveis, preferencialmente em sistemas de co-produção, mas incluindo sistemas de autoconsumo nas zonas rurais mais isoladas”.

Já em relação aos transportes terrestres e marinhos, a candidata defende que “os motores de combustão devem ser progressivamente substituídos por alternativas elétricas e/ou solares, tecnologia já existente para embarcações, inclusive no Algarve, com excelentes resultados”.

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Para isso, o PAN propõe o planeamento de uma rede de transportes públicos para Lagos, gratuitos e não poluentes, além de alternativas na mobilidade como a criação de eixos pedonais e cicláveis e de um sistema de bicicletas partilhadas.

Para combater as alterações climáticas, “o concelho de Lagos deve evitar a produção agrícola intensiva de regadio, como é o caso da produção de abacates em Barão de S. João, focando-se em práticas regenerativas, sem recurso a químicos de síntese e respeitando os ecossistemas existentes nos solos, potenciando a economia local e circular. É também essencial que todos os refeitórios e cantinas de edifícios públicos do concelho providenciem uma opção vegetariana e acompanhamento nutricional aos profissionais e utentes”.

Já em relação à gestão da água e a preservação dos recursos hídricos, “a região caminha a largos passos para a desertificação, com o correspondente aumento exponencial do risco de incêndios. A plantação de espécies diversificadas, resilientes e autóctones nas florestas, o combate à erosão, a utilização preferencial de materiais que evitem a impermeabilização dos solos, a reutilização de águas residuais tratadas e a proteção do aquífero Almadena-Espiche através de um sistema automático para monitorização permanente do nível e estado das águas, devem ser considerados prioritários”.

Maria João Sacadura, relativamente às áreas verdes em zonas urbanas, considera que “o abate de árvores adultas deve ser evitado a todo o custo”, enquanto em relação à necessidade de literacia dos oceanos junto de escolas, populações, empresas e entidades, defende que “para preservar é preciso conhecer, e uma das urgências de Lagos é dar a conhecer melhor o mar, seja através do ensino, do desporto, ou do lazer”.

A candidata refere ainda, sobre a gestão camarária, que “nenhum novo executivo camarário deve iniciar funções sem fazer uma auditoria à gestão de recursos humanos, fornecedores e contas da autarquia, e inteirar-se dos procedimentos vigentes” e que irá convidar associações de estudantes e outras a participar em assembleias municipais”.

Outra das promessas de Maria João Sacadura é a constituição de um Conselho Municipal “que defina Políticas Municipais de Saúde, que implemente programas de promoção de saúde e prevenção de doenças, e ter uma unidade hospitalar plenamente integrada no SNS com mais e melhores cuidados de saúde, não apenas primários, mas também consultas e exames de diagnóstico”.

Para o PAN de Lagos, o problema relacionado com a crise habitacional é urgente, “embora esteja em curso um processo de execução de habitações a custos controlados, não é suficiente. A população não tem níveis salariais que permitam a aquisição ou arrendamento de imóveis aos preços inflacionados que se praticam na região, incluindo a classe média, não enquadrada nos processos de habitação social”.

Para resolver a situação, o PAN pretende implementar programas para arrendamento de média e longa duração para os residentes e profissionais deslocados, além de utilizar a taxa turística para maior oferta de habitação jovem a preços mais acessíveis.

“É ainda urgente criar um sistema de habitação social condigno que promova a reabilitação de património municipal e do Estado antes de recorrer a novas construções. Finalmente, o regulamento da habitação social no Concelho não pode sujeitar os locatários a regras humilhantes, como a proibição de ter animais de companhia”, afirma a candidata.

Em relação à precariedade laboral, a candidata considera que “a empregabilidade no concelho de Lagos é essencialmente sazonal, confinada às épocas de maior turismo ou de apanha de fruta, o que cria um esforço acrescido para que estas pessoas consigam sobreviver todo o ano” e que o PAN pretende “isentar de taxas, durante o primeiro ano, as micro e pequenas empresas que se instalem no concelho e rever em baixa os valores devidos às empresas já implantadas, assim como apostar no licenciamento preferencial de turismo rural ligado a atividades de natureza, turismo científico e de experiências, que trazem durante todo o ano um público informado e respeitador do ambiente”.

O partido pretende ainda criar um Centro Municipal de Bem-Estar Animal, além de “promover campanhas de adoção responsável” e “aumentar o apoio e empoderamento de associações de defesa animal e cuidadores de animais errantes e colónias, com comida, abrigos, atos médico-veterinários e capacidade de decisão”.

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