Marinho Pinto: poder judicial ameaça Passos Coelho

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Bastonário dos advogados entende que a notícia que dá conta da existência de uma escuta a Passos Coelho, no âmbito da investigação ao processo ‘Monte Branco’, deve ser vista como uma ameaça do poder judicial.

O Bastonário da Ordem dos Advogados entende a violação do segredo de justiça no processo ‘Monte Branco’, concretizada através da notícia de uma escuta ao primeiro-ministro, sem que tenha sido revelado o conteúdo, como uma ameaça do poder judicial a Passos Coelho.

“Isto não pode continuar em Portugal. Isto aliás tem todo o aspeto de ser uma espécie de ameaça que a corporação judiciária dirige ao primeiro-ministro numa altura em que o Governo está tomar medidas muito desagradáveis para todos nós”, afirmou Marinho Pinto.

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“É bom que o poder judicial se reconduza apenas às suas funções constitucionais e deixe a política para quem é político e para quem se submete ao escrutínio popular”, acrescentou.

Para o bastonário, qualquer investigação a esta violação do segredo de justiça está condenada ao insucesso, na medida em que, quem vai investigar são os principais suspeitos da prática do crime.

“Quem vai investigar são os próprios magistrados e os polícias que são os principais suspeitos da violação do segredo de justiça. Quando a investigação de um crime se atribui aos principais suspeitos de terem praticado esse crime devemos ficar de pé atrás. Possivelmente vão atirar com a culpa para os jornalistas, o que é manifestamente oportunista”, argumentou Marinho Pinto.

“É preciso que a impunidade acabe para os próprios magistrados e polícias que estão constantemente a violar o segredo de justiça”, rematou o bastonário dos advogados.

Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu que não existem quaisquer suspeitas de ilícitos criminais, nos autos relativos às escutas do processo ‘Monte Branco’, nas conversas em que participa o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

O processo ‘Monte Branco’ envolve quatro banqueiros portugueses e suíços, por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Carlos Abreu (Rede Expresso)
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