Na sua intervenção sobre o Programa de Estabilidade, o ministro das Finanças Mário Centeno começou por classificá-lo como um “documento prudente”, assente “num cenário macroeconómico cauteloso”, e manifestou confiança em relação aos seus resultados.
Em relação às críticas da oposição Centeno foi particularmente duro, garantindo que “este Governo não virou, nem vira, a cara às dificuldades”, apesar de ser vítima de “ataques cínicos” por parte “daqueles que nada fizeram, por ação dolosa e omissão negligente”. “Mas não nos poderão deter”, acrescentou.
Em devido tempo “o INE irá reportar uma melhoria significativa do défice do primeiro trimestre”, afirmou o ministro, que antes tinha já sublinhado algumas das medidas previstas pelo Executivo, como a aceleração do investimento público, “em linha com o Programa 2020” e a “eliminação completa da sobretaxa do IRS já em 2017”.
Em resposta ao PSD, que através do deputado Duarte Pacheco garantiu que “ninguém acredita nas previsões que o senhor ministro mantém como válidas”, Centeno voltou a defender o Programa de Estabilidade: “O que está lá escrito é o que está lá escrito”.
Em tom irónico, o ministro acrescentou “achar natural” que o deputado “sinta falta de retificativos”. “Toma-se-lhe o gosto”, disse Centeno, para logo em seguida prometer: “Tal não vai ser necessário neste ano orçamental”.
Mafalda Ganhão (Rede Expresso)