MED é uma viagem (alucinante) pelas artes, pela música e pela inclusão  

O Festival MED decorre em Loulé até domingo, dia 03 de julho

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Arrancou esta quinta-feira, dia 30 de junho, em Loulé, a 18.ª edição do Festival MED. O regresso à normalidade fez-se da melhor forma, não só em cima dos palcos, mas também nas ruas da Zona Histórica de Loulé, numa marcada pela intensidade de um público sedento de música, atividades culturais e de convívio.

E foram precisamente as sonoridades que vieram dos quatro cantos de mundo o principal elo de ligação neste evento multicultural. Foram cerca de 20 bandas que marcaram presença nos 12 palcos espalhados pelo recinto. Dos nomes conceituados da world music aos novos projetos, da tradição à modernidade, de África ao Leste Europeu, foram várias as propostas que mereceram o aplauso dos milhares de pessoas que participaram no primeiro dia do MED.

No palco Matriz, o resgate conceptual do mítico clube lisboeta Monte Cara contou com muitos amantes da música cabo-verdiana que encheram por completo o Largo da Matriz. Mas a energia atingiu altos níveis com os ritmos festivos dos espanhóis Eskorzo que puseram a plateia a dançar. A terminar a noite um set do português Magupi, que trouxe uma sonoridade tribal e exótica, situada entre a vivência de África e a música eletrónica. O artista substitui os Shkoon, a banda sírio-germânica que se viu obrigada a cancelar o concerto porque um dos seus elementos testou positivo à covid-19.

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No palco Cerca, a noite não ficou atrás em termos de surpresas agradáveis, mas, acima de tudo, da possibilidade de ter o privilégio de assistir a concertos com figuras icónicas. No primeiro caso, falamos de Criatura, um projeto português “fora da caixa”, que resgata a ancestralidade cultural portuguesa para lhe dar um novo caminho, arrojado e marcado por uma forte teatralidade em palco. No segundo, o senador da música africana, com mais de quatro décadas de carreira, Gyedu-Blay& His Sekondi Band, um virtuoso artista marcou também o primeiro dia do MED.

A noite terminou da melhor forma no palco Cerca, com os GO_A, um verdadeiro hino à música e à paz, numa atuação explosiva da banda ucraniana que contou com uma plateia frenética, com muitos ucranianos residentes em Portugal a acompanharam a banda. Neste espetáculo, o folclore da Ucrânia uniu-se à modernidade do rock, da eletrónica e de muitos outros estilos musiciais.

GO_A

A primeira representante da Mauritânia no MED, Noura Mint Seymali, a força de bofenia rock de Jupiter&Okwess e uma viagem pelas músicas do mundo dos Plasticine deram os acordes da noite no palco Chafariz.

Noura Mint Seymali

Já o palco Castelo “calou-se” para ouvir a musicalidade única de Rodrigo Leão. Um reforço de última hora já que o artista veio substituir a cantora Nancy Vieira, outra “baixa” no cartaz por ter testado positivo à covid-19.

Ainda antes, Noiserv regressou ao MED, também ele com um espetáculo carregado de beleza musical do ponto de vista da língua portuguesa e da própria imagem do cenário.

Noiserv

No segundo dia do Festival, 01 de julho, o Brasil esteve representado com Mallu Magalhães e Johnny Hooker. Destaque ainda para o projeto luso-angolano Ikoqwe, a energia frenética dos colombianos Guetto Kumbé e as sonoridades marroquinas com elementos de jazz, eletrónica e psicadelismo dos Electric Jalaba.

Toda a programação disponível aqui.

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