“Metade do povo sírio, quase 9,3 milhões de indivíduos, precisam de auxílio humanitário urgente”, afirmou esta quarta-feira o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, manifestando-se “especialmente preocupado com os relatos de pessoas a morrerem à fome”.
O alerta foi lançado durante a conferência de doadores que teve lugar no Kuwait, onde foram angariados mais de 1,7 mil milhões de euros, que é no entanto menos de metade dos 4,75 mil milhões que as Nações Unidas pretendem obter, naquele que é o seu apelo para a obtenção do maior fundo para uma causa única.
Cerca de 6,5 milhões de pessoas estão deslocadas dentro da Síria. Mais de 2,3 milhões foram registados como refugiados noutros países, muitos dos quais estão a viver em campos na região em condições que os colocam no limite da sobrevivência. Relatos de pessoas a morrer à fome chegam de cidades sírias isoladas pelos combates.
Mais de 100 mil pessoas morreram desde o início do conflito na Síria, segundo indicam as Nações Unidas.
O encontro de hoje no Kuwait contou com a participação de 70 países e 24 organizações internacionais.
Os países da União Europeia contribuíram com 550 milhões de euros, Kuwait com 367 milhões, Arábia Saudita com 183 milhões, Estados Unidos com 278 milhões em novas contribuições, Noruega com 55 milhões.
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